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Mercado japonês fechará pelo período mais longo desde 2ª Guerra

Shoko Oda e Gareth Allan

14/03/2019 11h28

(Bloomberg) -- As corretoras do Japão estão tomando providências para aliviar as preocupações de investidores diante da parada atipicamente longa do país por causa da sucessão imperial.

Os mercados no Japão ficarão fechados entre 27 de abril e 6 de maio. O governo decretou feriado nacional por causa da abdicação do Imperador Akihito, que emendou na chamada Semana Dourada, que é uma junção de feriados regulares. Ao todo, seis pregões foram suspensos, e muitos temem que isso gere volatilidade.

Corretoras começaram a implementar medidas para evitar problemas pelo menos para quem investe em ações no exterior.

A Daiwa Securities Group pretende disponibilizar para clientes japoneses a negociação de ações listadas nos EUA e Europa nos dias 30 de abril e 2 de maio, explicou Yuji Kamioka, porta-voz da corretora sediada em Tóquio. A SMBC Nikko Securities avalia montar um call center para atender clientes que queiram vender ações listadas nos EUA, de acordo com reportagem da NHK.

No começo desta semana, a Rakuten Securities alertou para a possibilidade de volatilidade após o feriado prolongado.

Essas providências podem ajudar investidores que talvez não tivessem meios de sair de posições durante mais de uma semana. Períodos longos de paralisação dos mercados trazem à memória o "crash" súbito de janeiro, quando a celebração de Ano Novo --que dura quatro dias no Japão-- exacerbou as restrições de liquidez no mercado de câmbio, provocando a disparada do iene em relação ao dólar.

Ainda não se sabe qual será o impacto da pausa programada no mercado acionário doméstico. Esses dez dias seriam o período mais longo de suspensão das transações no Japão desde o fim da Segunda Guerra Mundial, informou um porta-voz da Japan Exchange Group.

(Com a colaboração de Go Onomitsu)