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Governo deve ter de 37 a 48 votos para aprovar reforma na CCJ

15.abr.2019 - Sessão da CCJ da Câmara  - Pedro Ladeira/Folhapress
15.abr.2019 - Sessão da CCJ da Câmara Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Simone Iglesias e Murilo Fagundes

Brasília

18/04/2019 15h56

Com as mudanças que estão sendo negociadas entre líderes do centrão e o governo para que a reforma da Previdência seja votada na próxima terça-feira (23), entre 37 e 48 deputados dos 66 que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) devem votar favoráveis ao texto, considerando a presença total dos membros. O levantamento foi feito com base nas posições dos parlamentares em discursos na CCJ nos últimos dias e cálculo de um líder do centrão, que pediu anonimato.

Em cenário pessimista, prevendo ausências e defecções, PP, PSD, MDB, PR, PRB, PSDB, PTB, SD e PSC devem trazer apoio de ao menos 20 deputados, segundo a fonte. Estes partidos, que se dizem independentes do governo de Jair Bolsonaro, mas apoiam majoritariamente a reforma, contam com 30 integrantes na CCJ.

PSL, DEM e Novo, os três partidos mais atuantes pró-reforma, somam 12 votos.

Demais legendas (Cidadania, Pode, PV, Patri e Avante) somam 6 deputados, sendo grande parte favorável às mudanças previdenciárias. Há dúvida quanto à posição de um parlamentar deste grupo.

A CCJ é formada por 66 deputados e a aprovação depende do número de parlamentares presentes à votação. O quórum mínimo é de 34 deputados e, para aprovar o texto, é preciso maioria simples - metade dos presentes mais um.

A oposição, formada por PT, PSB, PDT, Psol, PCdoB, Pros e Rede, tem 18 deputados e deve manter a obstrução na próxima terça-feira para dificultar que a comissão avance. Mas, sem a ajuda do centrão, deverá apenas ter força para atrasar a votação.

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