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Maia diz que derrota em comissão não atrasa calendário da Previdência

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

16/04/2019 11h13

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje que a derrota de ontem do governo na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) não vai atrasar o calendário de votação da reforma da Previdência. No colegiado, partidos de centro e da oposição se articularam para inverter a ordem dos trabalhos e com isso a votação da Previdência não aconteceu.

"Nossa prioridade é a Previdência e instalar a comissão [especial]. Vou pedir aos líderes e ao presidente da CCJ que a gente possa levar esse debate pela madrugada. Se quiserem falar, que falem até às cinco da manhã. Não comando todos os parlamentares, mas acho que isso [a votação na CCJ] seria uma sinalização boa e importante", disse Maia.

O presidente da Câmara se referia à lista de inscritos para falar na CCJ que pode chegar a 100 nomes. Na avaliação de Maia poderia ser feito um acordo para que até 40 ou 50 parlamentares falassem. Isso para que os trabalhos aconteçam de maneira mais rápida e a proposta seja votada antes do feriado.

Maia disse que vai se reunir com lideranças da Casa para discutir a Previdência, mas não quer interferir nas decisões da CCJ.

Empresários cobram aprovação

Maia esteve em reunião com empresários na tarde de ontem, em São Paulo. No evento na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), empresários cobraram a aprovação da reforma.

Um dos organizadores do evento de ontem disse ao UOL que o recado dado a Maia foi de que a reforma precisa ser aprovada. "Precisamos da reforma, independentemente de quem está fazendo ou articulando", disse o empresário. "Falamos para o Maia: precisa aprovar a reforma, o resto é picuinha. Picuinha não importa", disse, referindo-se aos desentendimentos recentes entre Maia e Jair Bolsonaro (PSL).

Entenda a proposta de reforma da Previdência em 10 pontos

UOL Notícias