Chevron desiste de oferta de US$33bi pela Anadarko
(Bloomberg) -- A Chevron desistiu de sua oferta de US$ 33 bilhões para comprar a Anadarko Petroleum, marcando o fim de uma batalha de um mês contra a Occidental Petroleum, que venceu o embate mesmo com um tamanho cinco vezes menor do que o da rival.
A incursão mais ambiciosa do mandato do presidente da Chevron, Mike Wirth, terminou nesta quinta-feira, depois que a terceira maior exploradora de petróleo do mundo em valor de mercado decidiu não melhorar uma oferta que deixou de ser a favorita entre os diretores da Anadarko. A Chevron disse que vai cobrar uma multa de rescisão de US$ 1 bilhão e que planeja aumentar em 25% suas recompras de ações.
O conselho da Anadarko aceitou a proposta da Occidental, considerada superior, em 6 de maio, dando à Chevron até quatro dias para melhorar sua proposta. A Anadarko esperava que a Chevron igualasse ou superasse a proposta da Occidental, disseram pessoas com conhecimento do assunto na quarta-feira. No entanto, a Chevron indicou que apresentar uma proposta superior à da sua rival era muito arriscado.
"Vencer em qualquer ambiente não significa vencer a qualquer custo", disse Wirth em comunicado. "Custo e disciplina de capital sempre importam, e não vamos diluir nossos retornos ou corroer o valor para nossos acionistas só para fechar um negócio."
A desistência da Chevron deixa a Occidental livre para prosseguir com a aquisição da Anadarko, avaliada em US$ 38 bilhões. O negócio deve dobrar a produção diária da Occidental para mais de 1,3 milhão de barris, equivalente ao volume de Angola ou Líbia, membros da Opep. O resultado também respalda a decisão da presidente da Occidental, Vicki Hollub, cujos apelos públicos à Anadarko foram ridicularizados por grandes investidores e analistas, considerados um exagero.
Para o Wirth, presidente da Chevron, a questão agora é o que fazer com a pilha de US$ 74 bilhões em caixa e ações não utilizadas da empresa. Um dos principais atrativos da Anadarko é sua presença na bacia do Permiano, no oeste do Texas e Novo México, que agora é o campo de petróleo mais abundante do mundo. Repleta de empresas de exploração de petróleo, a região pode oferecer outro alvo de aquisição para a Chevron.
--Com a colaboração de Rachel Adams-Heard.
Repórteres da matéria original: Joe Carroll em Houston, jcarroll8@bloomberg.net;David Wethe em Houston, dwethe@bloomberg.net
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