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Facebook quer dobrar número de funcionárias negras em 5 anos

Kurt Wagner

10/07/2019 11h37

(Bloomberg) — O Facebook anunciou novas metas de diversidade na terça-feira como parte de uma iniciativa para dobrar o número de mulheres na força de trabalho global nos próximos cinco anos e também dobrar o total de funcionários negros e hispânicos nos Estados Unidos.

A maior empresa de redes sociais do mundo também quer que metade de sua força de trabalho dos EUA seja formada por grupos sub-representados até 2024.

"Vislumbramos uma empresa onde, em cinco anos, pelo menos 50% de nossa força de trabalho seja composta por mulheres, pessoas negras, hispânicas, indígenas, ilhéus do Pacífico, pessoas com duas ou mais etnias, pessoas com deficiências e veteranos," segundo publicação de Maxine Williams, diretor de diversidade do Facebook, em um blog na terça-feira.

O Facebook anunciou as novas metas juntamente com seu relatório anual de diversidade, que detalha a divisão étnica e de gênero da força de trabalho da empresa. Williams disse que chegar a 50% de funcionários de grupos sub-representados nos EUA era ao mesmo tempo amplo e "ambicioso". Cerca de 43% dos trabalhadores americanos do Facebook são atualmente de grupos sub-representados.

O Facebook também informou que 36,9% de sua força de trabalho global é composta por mulheres - acima dos 36,3% de um ano atrás. Negros e hispânicos agora respondem por 9% dos funcionários nos EUA, em relação aos 8,4% há um ano. A empresa empregava quase 38 mil pessoas no final de março, segundo dados compilados pela Bloomberg.

O Facebook tem 25 vezes mais funcionárias negras do que em 2014, e o número de trabalhadores negros aumentou dez vezes nesse período, disse Williams no blog. Mas negros e hispânicos respondem por apenas 5% dos empregos técnicos do Facebook nos EUA, um aumento de 1 ponto percentual em relação a 2014.

Os números destacam como grandes empresas de tecnologia tentam diversificar sua força de trabalho - especialmente em cargos técnicos dominados por homens brancos e asiáticos.

O Facebook procura diversificar sua força de trabalho técnica, "então há ironia e frustração de nossa parte por não termos conseguido crescer mais", acrescentou.

Em novembro do ano passado, um ex-funcionário divulgou um post de um blog interno dizendo que o Facebook tinha um "problema com pessoas negras" e que a empresa não estava fazendo o suficiente para apoiar funcionários negros ou usuários negros da plataforma.

A Associação Nacional para o Avanço das Pessoas Negras (NAACP, na sigla em inglês) também incentivou um boicote ao Facebook no fim de 2018, depois da informação de que os russos que usaram a rede social para influenciar a eleição de 2016 dos EUA tinham como alvo principal os afro-americanos.