Sem piso para S&P 500, opção para traders pode ser Natal de 2018
(Bloomberg) -- Traders de ações odiaram o Natal de 2018. Agora, é a única referência disponível.
Com ações em queda livre apesar da dose histórica de estímulo do Federal Reserve, investidores exaustos buscam de todas as maneiras colocar um piso para o S&P 500. Não é muito, mas vários indicam 2.351 pontos, a mínima atingida na véspera de Natal em 2018, antes de o índice iniciar um rali que adicionou US$ 9 trilhões até meados de fevereiro.
O indicador registrou a pior queda desde a segunda-feira negra de 1987 e fechou em 2.386,13 pontos, cerca de 1,5% acima da mínima intradiária de 24 de dezembro.
As medidas de bancos centrais para sustentar os mercados de financiamento não tiveram muito efeito sobre as ações, pois investidores defendem gastos do governo para compensar a ameaça crescente de recessão. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o impacto do vírus pode durar até meados do ano e que a economia pode encolher.
"É enervante, você realmente não sabe o que vai acontecer a seguir", disse Sam Stovall, estrategista-chefe de investimentos da CFRA Research, em entrevista por telefone. "O mundo está fechando."
A combinação da propagação do coronavírus e choque do preço do petróleo desencadeou o período mais volátil dos mercados desde a crise financeira. O S&P 500 terminou a semana passada com oscilações de 9% consecutivas. Com a queda de dois dígitos de segunda-feira, oscilações desse tipo não ocorriam desde a Grande Depressão.
"Estamos lidando com uma questão de confiança. Não acho que investidores se sentiram confiantes de que estávamos preparados para isso tanto quanto precisávamos", disse Dan Russo, estrategista-chefe de mercado da Chaikin Analytics. "Qualquer notícia que aponte para os EUA serem capazes de lidar com isso será vista positivamente por parte dos investidores."
O 'crash' da semana passada empurrou o S&P por uma linha que remonta ao dia em que o rali começou 11 anos atrás. O índice também rompeu um nível de suporte para o preço médio nas últimas 200 semanas, que funcionou como baluarte durante correções anteriores.
"Não estamos negociando fundamentos, estamos negociando o medo e o desconhecido", disse Wayne Wicker, diretor de investimentos da Vantagepoint Investment Advisers. "Não sabemos como será o cenário fundamental de médio prazo."
Além do nível da véspera de Natal, a próxima área de suporte é de 2.330 pontos, onde o índice atingiu um piso no início de 2017, de acordo com Tom Essaye, ex- operador da Merrill Lynch que fundou o boletim "The Sevens Report". Depois disso, vem o nível de 2.130, que forneceu suporte em 2015, e novamente, após as eleições de 2016, escreveu em nota na sexta-feira.
--Com a colaboração de Claire Ballentine.
Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
Repórteres da matéria original: Vildana Hajric New York, vhajric1@bloomberg.net;Sarah Ponczek New York, sponczek2@bloomberg.net
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