Presidente grego dissolve Parlamento e convoca eleições para dia 20
Atenas, 28 ago (EFE).- O presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, dissolveu nesta sexta-feira o Parlamento do país e convocou eleições antecipadas para o dia 20 de setembro.
Pavlopoulos publicou o decreto poucas horas depois que a equipe ministerial encarregada de governar a Grécia até as eleições assumir seus cargos.
De acordo com o decreto, o parlamento que surgir das eleições será constituído em 1º de outubro.
As eleições antecipadas serão realizadas após a renúncia, há oito dias, de Alexis Tsipras à frente do governo, depois de obter o primeiro desembolso do terceiro resgate para a Grécia.
Tsipras justificou sua decisão na necessidade de pedir um novo mandato ao povo após a mudança de rumo dada pelo governo do Syriza e próximo da aplicação, com o apoio popular, dos acordos alcançados com as instituições.
A necessidade de convocar eleições estava, sobretudo, marcada pela dissidência interna dentro de seu partido e nas fileiras de seu grupo parlamentar, onde mais de 40 deputados negaram o respaldo na votação do terceiro resgate.
O resultado dessa rebeldia interna foi a fundação de um novo partido, Unidade Popular, dirigido pelo ex-ministro de Energia Panayotis Lafazanis.
A campanha eleitoral vai ser uma das mais curtas da democracia grega e, com 23 dias, só supera em dois dias a realizada em 1996, que durou 21 dias preceptivos.
Pouco antes de dissolver o parlamento, Pavlopoulos tomou juramento da nova equipe de dez ministros que governarão de forma transitória o país junto à primeira-ministra, Vasilikí Zanú, que tomou ontem posse de seu cargo.
A nomeação de um governo interino é necessário na Grécia quando a dissolução do parlamento se produz como consequência da renúncia de um primeiro-ministro.
Em entrevista ao site "Avgi", o até agora primeiro-ministro Tsipras deu por iniciada a "grande batalha eleitoral".
"O povo grego dará um mandato forte para o presente e o futuro. A Grécia não pode voltar para trás e não vai fazer, só marchará para frente", disse Alexis Tsipras.
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