Brasileira Hypermarcas nega ter contratos com governo da Venezuela
São Paulo, 24 fev (EFE).- O conglomerado brasileiro de empresas farmacêuticas e de higiene pessoal Hypermarcas afirmou nesta quarta-feira que não tem nenhum contrato com o governo da Venezuela para fornecer produtos a esse país, como acusara, dois deputados opositores venezuelanos que estão em visita ao Brasil.
"A Hypermarcas não possui nenhum contrato com o governo venezuelano e não fornece nenhum tipo de produto ou serviço ao país vizinho", afirmou a companhia à Agência Efe por meio de sua assessoria de Imprensa.
Os deputados venezuelanos Wlliams Dávila e Luis Florido, que estão no Brasil, assinalaram ontem na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que pedirão às autoridades brasileiras para investigar alguns contratos entre seu país e empresas brasileiras.
Dávila, ex-governador do estado de Mérida, chegou a dizer que era "muito importante investigar e saber o nível" do suposto convênio que, segundo ele, tinha sido estabelecido em 2015 para que remédios fossem transportados em aviões da Força Aérea Venezuelana.
O político opositor mencionou também o acordo entre seu país e a gigante JBS que, de acordo com o deputado, fornece 50% da carne e 20% do frango consumidos na Venezuela.
"Na Venezuela há carestia. Não temos agora carne, há escassez, não há remédios", afirmou Dávila após visitar a sede da Fiesp.
O deputado afirmou que a JBS recebeu em 90 dias US$ 3 bilhões (quase R$ 12 bilhões) fixados no contrato, enquanto às empresas venezuelanas o governo "deve mais de US$ 28 bilhões".
A assessoria de comunicação da JBS enviou uma nota à Efe em que afirma que "mantém relações de exportação com a Venezuela, da mesma forma que mantém com mais de 150 países no mundo".
"A companhia cumpre rigorosamente os contratos firmados com seus clientes, atendendo os volumes contratados e as especificações solicitadas. Os acordos firmados com os clientes atendem os critérios sanitários e a legislação vigente, sendo fechados seguindo critérios mercadológicos", justificou a empresa.
Florido, do Partido Vontade Popular e presidente da Comissão Permanente de Política Externa da Assembleia, afirmou na Fiesp que "todos os convênios internacionais assinados pela República têm que ter constitucionalidade para poder ter legalidade no país e no exterior".
"Estes acordos devem ser revisados para ver se existem situações pouco claras para denunciá-las", acrescentou Florido, em referência as suspeitas levantadas por Dávila de "monopólio" e "tráfico de influência" .
Os deputados venezuelanos estão hoje em Brasília, onde a delegação se reunirá com congressistas e políticos brasileiros.
Na quinta-feira, os deputados serão recebidos em uma audiência pública no Senado e se reuniarão com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira.
"A Hypermarcas não possui nenhum contrato com o governo venezuelano e não fornece nenhum tipo de produto ou serviço ao país vizinho", afirmou a companhia à Agência Efe por meio de sua assessoria de Imprensa.
Os deputados venezuelanos Wlliams Dávila e Luis Florido, que estão no Brasil, assinalaram ontem na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que pedirão às autoridades brasileiras para investigar alguns contratos entre seu país e empresas brasileiras.
Dávila, ex-governador do estado de Mérida, chegou a dizer que era "muito importante investigar e saber o nível" do suposto convênio que, segundo ele, tinha sido estabelecido em 2015 para que remédios fossem transportados em aviões da Força Aérea Venezuelana.
O político opositor mencionou também o acordo entre seu país e a gigante JBS que, de acordo com o deputado, fornece 50% da carne e 20% do frango consumidos na Venezuela.
"Na Venezuela há carestia. Não temos agora carne, há escassez, não há remédios", afirmou Dávila após visitar a sede da Fiesp.
O deputado afirmou que a JBS recebeu em 90 dias US$ 3 bilhões (quase R$ 12 bilhões) fixados no contrato, enquanto às empresas venezuelanas o governo "deve mais de US$ 28 bilhões".
A assessoria de comunicação da JBS enviou uma nota à Efe em que afirma que "mantém relações de exportação com a Venezuela, da mesma forma que mantém com mais de 150 países no mundo".
"A companhia cumpre rigorosamente os contratos firmados com seus clientes, atendendo os volumes contratados e as especificações solicitadas. Os acordos firmados com os clientes atendem os critérios sanitários e a legislação vigente, sendo fechados seguindo critérios mercadológicos", justificou a empresa.
Florido, do Partido Vontade Popular e presidente da Comissão Permanente de Política Externa da Assembleia, afirmou na Fiesp que "todos os convênios internacionais assinados pela República têm que ter constitucionalidade para poder ter legalidade no país e no exterior".
"Estes acordos devem ser revisados para ver se existem situações pouco claras para denunciá-las", acrescentou Florido, em referência as suspeitas levantadas por Dávila de "monopólio" e "tráfico de influência" .
Os deputados venezuelanos estão hoje em Brasília, onde a delegação se reunirá com congressistas e políticos brasileiros.
Na quinta-feira, os deputados serão recebidos em uma audiência pública no Senado e se reuniarão com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira.
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