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EUA pedem a China para melhorar comunicação com mercados

28/02/2016 10h11

Pequim, 28 fev (EFE).- O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew, pediu neste domingo à China que melhore sua comunicação com os mercados e aumente o peso que eles têm na tomada de decisão sobre o tipo de câmbio do iuane, durante um encontro em Pequim com o vice-primeiro-ministro chinês, Wang Yang.

Após participar da reunião de ministros de Finanças e governadores de bancos centrais do G20, realizada sexta-feira e sábado em Xangai, Lew teve um encontro com Wang em Diaoyutai, a residência dos líderes chineses, segundo um comunicado de imprensa do Departamento do Tesouro.

Durante seu encontro, Lew avaliou os esforços do Executivo chinês para realizar a transição econômica, através de políticas fiscais e medidas para reduzir o excesso de capacidade da indústria, apesar de ainda esperar para ver a continuidade das reformas do setor financeiro que reforçarão sua estabilidade.

"Também é crucial que a China continue aumentando o peso do mercado na hora de determinar sua taxa de câmbio e que aumente a transparência de suas políticas relativas ao mesmo de maneira ordenada, e comunique claramente suas ações ao mercado".

O secretário do Tesouro destacou a importância da relação entre EUA e China em um momento no qual a economia global enfrenta múltiplos desafios e mostrou sua disposição de trabalhar com Wang este ano no Diálogo Estratégico China-EUA e no G20.

Lew aproveitou para transferir sua felicitação à China pela organização dos encontros do G20 estes dias e considerou que chegaram a um "grande acordo" para, através de todas as ferramentas políticas, impulsionar a demanda global, consultar as políticas de taxa de câmbio e abrir mão de uma desvalorização competitiva.

Os ministros de Finanças do G20 se comprometeram no sábado a promover um crescimento econômico que permita deixar para trás a crise financeira internacional com uma base além dos estímulos monetários.

A declaração divulgada no fechamento de seu encontro em Xangai constatou os crescentes riscos que debilitam a recuperação econômica mundial e a vontade do grupo das economias desenvolvidas e emergentes por superá-los, mas sem dar receitas claras sobre como isso aconteceria.

A possível saída do Reino Unido da União Europeia (o chamado "Brexit") e a chegada em massa de refugiados à Europa se somam pela primeira vez a uma lista de ameaças que inclui a queda dos preços das matérias-primas, a volatilidade nos fluxos de capitais e os mercados e o auge das tensões geopolíticas.

Para superar esse sombrio panorama, o G20 enfatizou no documento final da reunião a necessidade de usar "todas as ferramentas" monetárias, fiscais e estruturais "individual e coletivamente".