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Produção industrial acumula queda de 10,5% no ano

02/06/2016 14h09

Rio de Janeiro, 2 jun (EFE).- A produção industrial no Brasil acumulou uma queda de 10,5% nos primeiros quatro meses de 2016, apesar do leve aumento de 0,1% registrado em abril, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Em comparação com abril de 2015, a queda sofrida pela indústria é de 7,2%.

Na comparação anual, o mau desempenho da indústria em relação com o mesmo mês do ano anterior representa o 26° dado negativo consecutivo, de acordo com o relatório do IBGE.

A tendência, no entanto, poderia ser considerada positiva já que, após retroceder 2,9% em fevereiro em relação com o mês anterior, em março a produção brasileira registrou uma alta de 1,4% e em abril de 0,1%, acumulando dois meses consecutivos de crescimento.

A categoria dos produtos perecíveis foi a mais afetada ao sofrer um retrocesso de 4,4% entre março e abril, e de 23,7% em comparação com o mesmo período do 2015. A contração em 2016 foi de 26,5%.

Os bens capitais foram a categoria, das seis analisadas, que experimentou um maior crescimento em abril com uma alta de 1,2%, no entanto, no comparativo com o mesmo mês do ano anterior, a queda foi de 16,5% e de 25,9% no acumulado anual.

Por setores, os que mais ajudaram à alta da indústria em abril foram o de produtos alimentícios (4,6%) e a produção de derivados do petróleo e biocombustíveis (4%).

Por outro lado, entre os 26 setores que compõem o relatório, os que mais frearam o crescimento da indústria no quarto mês foram o de produtos farmacêuticos (-10,9%) e o automotor (-4,5%).

A forte queda da produção industrial, que chegou a responder pela terceira parte do Produto Interno Bruto (PIB), é uma das principais razões que explica a situação de recessão que a economia do gigante sul-americano atravessa.

Segundo os dados divulgados pelo governo no começo desta semana, o Brasil completou dois anos em recessão no primeiro trimestre deste ano, quando o PIB do país encolheu 5,4% com relação ao mesmo período de 2015, e a contração deste ano poderia chegar a ser histórica.