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China apoia integração na Ásia-Pacífico após anúncio da saída dos EUA do TPP

22/11/2016 08h30

Pequim, 22 nov (EFE).- O governo chinês mostrou nesta terça-feira apoio a uma maior integração econômica na região Ásia-Pacífico, após o anúncio do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de retirar seu país do Acordo de Associação Transpacífico (TPP).

"Estamos abertos a todos os acordos que são positivos para a integração, a facilitação do comércio e a paz e a prosperidade na Ásia-Pacífico", disse Geng Suang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em entrevista coletiva em Pequim.

O porta-voz chinês lembrou que, na recente cúpula de Lima do Foro de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), os líderes desse grupo acordaram "aprofundar a integração econômica e se opor ao protecionismo comercial", uma mensagem que qualificou como "positiva para o desenvolvimento econômico".

A China -acrescentou o porta-voz- contribuiu para as negociações do Apec que resultaram nessa declaração, na qual foram defendidos também os acordos de livre-comércio na Ásia-Pacífico.

Geng reivindicou que os futuros tratados evitem a fragmentação, em referência à exclusão da China do TPP -que inclui 12 países da Bacia do Pacífico-, e pediu que cumpram com as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e ajudem a manter o vigente sistema comercial multilateral.

"Esperamos que todos os acordos sejam reforçados entre eles, ao invés de se debilitar. Deveríamos evitar a fragmentação dos acordos de livre-comércio ou sua politização", insistiu.

Após o anúncio de Trump de que retirará os EUA do TPP, alguns países querem continuar com esse acordo sem a maior economia mundial, enquanto outros apostam por buscar tratados alternativos, como o Acordo Integral Econômico Regional (RCEP), que inclui a China e exclui a potência americana.

Geng insistiu hoje que a China não iniciou o RCEP, mas foram os dez países agrupados na Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) os que o propuseram e mantiveram abertas as negociações, embora reconheceu que Pequim aspira que essas conversas "possam levar a resultados antecipados".