Operadora de Fukushima apoia despejo ao mar de água radiativa tratada
Tóquio, 14 jul (EFE).- A operadora da acidentada central nuclear de Fukishima Daiichi considera que o despejo continuado ao mar de água contaminada procedente do local "não terá nenhum impacto" após retirar todos os elementos radioativos, menos o trítio, explicou à Agência Efe um porta-voz.
Esta polêmica medida foi inicialmente respaldada pelo Governo japonês, mas ficou parada devido à firme oposição das confrarias de pescadores da região, que consideram que os despejos poderiam impedir a recuperação de suas atividades, que foram gravemente prejudicadas pela catástrofe atômica.
"A TEPCO compartilha a mesma postura que o regulador nuclear nipônico e outros que consideram que de acordo com o regulamento atual e os padrões baseados nos conhecimentos científicos e técnicos, não deve haver impacto de liberar água tritiada no oceano", afirmou o porta-voz através de um e-mail.
A operadora de Fukushima, Tokyo Electric Power (TEPCO), apontou no entanto que não tomou uma decisão final sobre a medida à espera de "examinar o assunto cuidadosamente com o Governo e autoridades locais" enquanto leva em conta "a paz mental dos residentes".
Um dos problemas mais evidentes que a central enfrenta é o constante acúmulo de água altamente radiativa usada para a refrigeração dos reatores danificados, um líquido que é submetido a um processo para a retirada de todos os isótopos radiativos, com exceção do trítio e posteriormente é armazenado em tanques.
O trítio não é considerado perigoso para a saúde humana sob determinados umbrais que variam entre diferentes países e organismos internacionais e, segundo a TEPCO, outras centrais nucleares do país já realizam despejos ao mar com este elemento em pequenas quantidades de forma rotineira.
O painel governamental que supervisiona o desmantelamento de Fukushima Daiichi ainda deve dar sua autorização definitiva ao despejo de água com trítio ao mar, enquanto o organismo regulador nuclear nipônico (NRA) já teria dado sinal verde a esta medida, segundo a operadora da central.
Desde 2015, a TEPCO já realizou vários despejos pontuais de centenas de toneladas de água processada, com um volume de trítio de entre os 330 e os 600 becquerels por litro, abaixo dos 1,5 mil que a lei japonesa estabelece como limite para despejos.
A TEPCO e o painel governamental ventilavam outras opções para se desfazer da água contaminada com trítio - isótopo cuja vida média é de 12 anos - de forma permanente, ainda que estas tenham sido descartadas por seu excessivo custo econômico.
Entes como o Organismo Internacional da Energia Atômica (OIEA) consideram que os despejos controlados são uma prática aceitável em um contexto como este.
Por sua vez, o representante da confraria de pescadores locais Kanki Tachiya demonstrou sua oposição à iniciativa, e afirmou que o vazamento de água contaminada "criaria uma nova onda de rumores infundados e destruiria todos os nossos esforços por recuperar a pesca", em declarações à agência local "Kyodo".
Atualmente, mais de seis anos após a catástrofe nuclear, Fukushima Daiichi armazena algumas 777 mil toneladas de água processada e contaminada com trítio em 575 tanques dentro das instalações da central, quantidade que cresce diariamente em centenas de toneladas.
Esta polêmica medida foi inicialmente respaldada pelo Governo japonês, mas ficou parada devido à firme oposição das confrarias de pescadores da região, que consideram que os despejos poderiam impedir a recuperação de suas atividades, que foram gravemente prejudicadas pela catástrofe atômica.
"A TEPCO compartilha a mesma postura que o regulador nuclear nipônico e outros que consideram que de acordo com o regulamento atual e os padrões baseados nos conhecimentos científicos e técnicos, não deve haver impacto de liberar água tritiada no oceano", afirmou o porta-voz através de um e-mail.
A operadora de Fukushima, Tokyo Electric Power (TEPCO), apontou no entanto que não tomou uma decisão final sobre a medida à espera de "examinar o assunto cuidadosamente com o Governo e autoridades locais" enquanto leva em conta "a paz mental dos residentes".
Um dos problemas mais evidentes que a central enfrenta é o constante acúmulo de água altamente radiativa usada para a refrigeração dos reatores danificados, um líquido que é submetido a um processo para a retirada de todos os isótopos radiativos, com exceção do trítio e posteriormente é armazenado em tanques.
O trítio não é considerado perigoso para a saúde humana sob determinados umbrais que variam entre diferentes países e organismos internacionais e, segundo a TEPCO, outras centrais nucleares do país já realizam despejos ao mar com este elemento em pequenas quantidades de forma rotineira.
O painel governamental que supervisiona o desmantelamento de Fukushima Daiichi ainda deve dar sua autorização definitiva ao despejo de água com trítio ao mar, enquanto o organismo regulador nuclear nipônico (NRA) já teria dado sinal verde a esta medida, segundo a operadora da central.
Desde 2015, a TEPCO já realizou vários despejos pontuais de centenas de toneladas de água processada, com um volume de trítio de entre os 330 e os 600 becquerels por litro, abaixo dos 1,5 mil que a lei japonesa estabelece como limite para despejos.
A TEPCO e o painel governamental ventilavam outras opções para se desfazer da água contaminada com trítio - isótopo cuja vida média é de 12 anos - de forma permanente, ainda que estas tenham sido descartadas por seu excessivo custo econômico.
Entes como o Organismo Internacional da Energia Atômica (OIEA) consideram que os despejos controlados são uma prática aceitável em um contexto como este.
Por sua vez, o representante da confraria de pescadores locais Kanki Tachiya demonstrou sua oposição à iniciativa, e afirmou que o vazamento de água contaminada "criaria uma nova onda de rumores infundados e destruiria todos os nossos esforços por recuperar a pesca", em declarações à agência local "Kyodo".
Atualmente, mais de seis anos após a catástrofe nuclear, Fukushima Daiichi armazena algumas 777 mil toneladas de água processada e contaminada com trítio em 575 tanques dentro das instalações da central, quantidade que cresce diariamente em centenas de toneladas.
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