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HSBC paga US$ 101,5 milhões para encerrar investigação nos EUA

19/01/2018 10h05

Londres, 19 jan (EFE).- O banco britânico HSBC, o maior da Europa, aceitou pagar US$ 101,5 milhões para concluir uma investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre antigas transações fraudulentas no mercado de moedas.

A entidade bancária anunciou nesta sexta-feira (19) em um comunicado à Bolsa de Londres que chegou a um acordo de "imputação diferida em três anos" com o Departamento de Justiça americano - que será analisado por um tribunal -, que lhe permite evitar um processo criminal.

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O HSBC explica que a soma definida, por irregularidades cometidas na sua divisão de Mercados Globais em 2010 e 2011, compreende US$ 63,1 milhões de sanção e US$ 38,4 milhões de reparação.

    O banco, do qual um dos agentes foi indiciado no ano passado por estas irregularidades, indica que a penalização inclui um desconto de 15% que reconhece "a cooperação do HSBC durante a investigação bem como sua extensiva reparação".

    A entidade ressalta que o pagamento já foi efetuado e informou sobre o mesmo no relatório anual de contas de 2016 e no relatório interno de 2017.

    Medidas de controle

    O HSBC assegura que, desde que as infrações foram cometidas, introduziu diversas medidas dirigidas a "tornar mais robusto o entorno de controle no negócio de Mercados Globais".

    Este melhor controle, segundo a nota, inclui a introdução de cálculos algorítmicos para administrar o risco das operações; a revisão das normas de vendas, confidencialidade, preços e abuso do mercado e o encargo de auditorias externas sobre os seus processos.

    O banco já chegou em 2014 a um acordo similar com a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido e a Comissão de Mercados de Futuros de Matérias-Primas dos EUA, e em 2017 pagou US$ 175 milhões ao Conselho do Federal Reserve (banco central americano) por irregularidades nas suas operações no mercado de moedas.

    Em novembro, a entidade também pagou 300 milhões de euros às autoridades francesas para arquivar uma investigação sobre a evasão fiscal de clientes franceses através do seu braço suíço.

    Em julho do ano passado, o HSBC informou de um aumento de 10,12% de seu lucro líquido no primeiro semestre de 2017, até US$ 6,99 bilhões.