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Grupo automobilístico francês PSA prepara saída do Irã

04/06/2018 14h36

Paris, 4 jun (EFE).- O grupo automobilístico francês PSA anunciou nesta segunda-feira que prepara sua saída do mercado iraniano para respeitar o embargo imposto pelos Estados Unidos a esse país após o abandono por Washington do acordo nuclear iraniano.

A companhia, cujas marcas Peugeot e Citroën tinham filiais conjuntas no Irã, indicou em comunicado que após o anúncio da saída dos EUA do acordo nuclear com o Irã, "iniciou o processo de suspensão das atividades" dessas empresas "para se adequar à lei americana".

O presidente americano, Donald Trump, anunciou em 8 de maio a retirada de seu país e o reatamento das sanções suspensas após o pacto.

A retirada será efetiva em 6 de agosto, quando voltarão a ser impostas as sanções às compras de notas de dólares por parte do Governo do Irã, à aquisição de dívida iraniana e ao comércio de ouro e outros metais preciosos, entre outros.

Além disso, em 6 de novembro serão retomadas as restrições à compra de petróleo e produtos petroquímicos iranianos, às operações com portos e empresas marítimas iranianas e às transações de instituições financeiras com o Banco Central do Irã.

Essa decisão supôs um duro golpe para as empresas europeias com negócios no país persa, onde tinham acrescentado sua presença desde assinatura do acordo nuclear de 2015 e a suspensão das sanções internacionais em janeiro de 2016.

A PSA lembrou que tinha assinado acordos de filiais conjuntas com as companhias iranianas Khodro em junho de 2016 e Saipa em outubro desse ano, "conforme às resoluções da ONU e à regulamentação americana, europeia e francesa em vigor, para oferecer aos clientes iranianos veículos modernos das marcas Peugeot e Citroën".

O grupo indicou hoje que "segue atenciosamente a evolução do contexto regulamentar e está em contato com as autoridades dos países afetados para estar em conformidade com todas as normativas".

O PSA precisou que, junto com o Governo francês, está em contato com as autoridades americanas para uma possível "derrogação", e apontou que suas atividades no Irã " representam menos de 1% do número de negócios", por isso que a suspensão anunciada não modifica o seu atual plano financeiro.