Tarifas do transporte aumentam até 1.000.000% na Venezuela
Caracas, 24 ago (EFE).- Os sistemas de transporte público e privado da Venezuela começaram a cobrar nesta sexta-feira as novas tarifas estabelecidas pelo governo de Nicolás Maduro e que representam aumentos que superam até 1.000.000% no marco do plano do Executivo de "recuperação e prosperidade econômica".
A vice-presidente do país, Delcy Rodríguez, explicou que as novas tarifas são "transitórias", até setembro, quando será colocado em prática o plano de subsidio direto de combustível às unidades de transporte do país, segundo informou hoje a estatal Agência Venezuelana de Notícias ("AVN").
Por sua parte, o ministro de Comunicação, Jorge Rodríguez, destacou que os serviços do metrô de Caracas, assim como as unidades de transporte terrestre que o governo disponibilizou para cobrir as rotas da capital venezuelana e áreas próximas, terão um custo de 0,5 bolívares soberanos, menos de um centavo de dólar.
Este aumento representa um aumento superior a 1.000.000% pois o valor da passagem nestas unidades custava 4 bolívares e passou a 50.000, agora expressado como 0,5 bolívares soberanos desde que na segunda-feira entrou em vigência uma reconversão que tirou cinco zeros da moeda nacional.
"A tarifa regerá até que se inicie o processo de subsidio à gasolina", garantiu hoje o ministro sem explicar se isto exclui o metrô e as unidades terrestres que fazem parte do sistema que estavam há meses funcionando de graça, uma vez que os preços das passagens não representavam nenhuma rentabilidade no meio da hiperinflação.
A Agência Efe constatou que pelo menos hoje o metrô de Caracas seguia permitindo a entrada gratuita aos usuários.
Desde hoje rege também um novo preço oficial do transporte urbano que subiu 400% e é um montante supostamente estipulado entre o Executivo Nacional e os transportadoras.
O novo custo é "exageradamente caro" para Pablo Villarroel, encanador de 73 anos, que disse à Efe que depois do ajuste salarial, aumentado em 35 vezes na semana passada pelo presidente Maduro, "há empresas despedindo gente".
Nas avenidas que conectam o centro com o leste de Caracas não se observava hoje a presença de unidades de transporte, situação que é recorrente há quase um ano devido à diminuição na frota de unidades como produto de escassez e alto custo das peças de reposição.
Maduro anunciou na semana passada que aumentará o preço da gasolina, a mais barata do mundo, e que só as pessoas que tenham a chamada "carteira da pátria" e se inscrevam em um "censo automotor" poderão gozar de um subsidio que os livrará de pagar o combustível a "preços internacionais".
As medidas entrarão em vigor no meio de um cenário de hiperinflação que, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), fechará o ano em 1.000.000%, um fator que torna impossível o êxito da reconversão monetária, de acordo com o parlamento, de maioria opositora.
A vice-presidente do país, Delcy Rodríguez, explicou que as novas tarifas são "transitórias", até setembro, quando será colocado em prática o plano de subsidio direto de combustível às unidades de transporte do país, segundo informou hoje a estatal Agência Venezuelana de Notícias ("AVN").
Por sua parte, o ministro de Comunicação, Jorge Rodríguez, destacou que os serviços do metrô de Caracas, assim como as unidades de transporte terrestre que o governo disponibilizou para cobrir as rotas da capital venezuelana e áreas próximas, terão um custo de 0,5 bolívares soberanos, menos de um centavo de dólar.
Este aumento representa um aumento superior a 1.000.000% pois o valor da passagem nestas unidades custava 4 bolívares e passou a 50.000, agora expressado como 0,5 bolívares soberanos desde que na segunda-feira entrou em vigência uma reconversão que tirou cinco zeros da moeda nacional.
"A tarifa regerá até que se inicie o processo de subsidio à gasolina", garantiu hoje o ministro sem explicar se isto exclui o metrô e as unidades terrestres que fazem parte do sistema que estavam há meses funcionando de graça, uma vez que os preços das passagens não representavam nenhuma rentabilidade no meio da hiperinflação.
A Agência Efe constatou que pelo menos hoje o metrô de Caracas seguia permitindo a entrada gratuita aos usuários.
Desde hoje rege também um novo preço oficial do transporte urbano que subiu 400% e é um montante supostamente estipulado entre o Executivo Nacional e os transportadoras.
O novo custo é "exageradamente caro" para Pablo Villarroel, encanador de 73 anos, que disse à Efe que depois do ajuste salarial, aumentado em 35 vezes na semana passada pelo presidente Maduro, "há empresas despedindo gente".
Nas avenidas que conectam o centro com o leste de Caracas não se observava hoje a presença de unidades de transporte, situação que é recorrente há quase um ano devido à diminuição na frota de unidades como produto de escassez e alto custo das peças de reposição.
Maduro anunciou na semana passada que aumentará o preço da gasolina, a mais barata do mundo, e que só as pessoas que tenham a chamada "carteira da pátria" e se inscrevam em um "censo automotor" poderão gozar de um subsidio que os livrará de pagar o combustível a "preços internacionais".
As medidas entrarão em vigor no meio de um cenário de hiperinflação que, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), fechará o ano em 1.000.000%, um fator que torna impossível o êxito da reconversão monetária, de acordo com o parlamento, de maioria opositora.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.