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Cepal reduz previsão de crescimento da América Latina em 2018 para 1,3%

17/10/2018 12h35

Santiago do Chile, 17 out (EFE).- A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) revisou nesta quarta-feira para baixo sua previsão de crescimento da atividade econômica da região em 2018, que se expandirá 1,3%, dois décimos abaixo do número estimado em agosto.

A Cepal informou em comunicado que a dinâmica do crescimento mostrará diferenças entre países e sub-regiões, com a América Central à frente da expansão com um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2%, seguida pelo Caribe (1,9%) e a América do sul (0,7%).

Os países que mais crescerão este ano são República Dominicana (5,6%), Panamá (4,8%) e Paraguai (4,6%).

Por outro lado, as quatro economias que fecharão 2018 em recessão são a Argentina (-2,8%), a Venezuela (-15%), a Nicarágua (-3,1%) e Dominica (-4,4%).

A previsão para o Brasil é de um crescimento de 1,4% do PIB. Os números também são positivos para todos os outros países da América do Sul: Bolívia (4,3%), Chile (3,9%), Peru (3,9%), Colômbia (2,7%), Uruguai (1,9%) e Equador (1%).

A Cepal prevê que o panorama econômico melhorará em 2019, com um crescimento regional de 1,8%, que será traduzido em altas em todas as sub-regiões.

Os países sul-americanos, especializados na produção de bens primários, especialmente petróleo, minerais e alimentos, crescerão 1,6% em 2019, mas Argentina (-1,8%) e Venezuela (-8%) continuarão em recessão.

A Cepal ressaltou que as previsões para o ano que vem se dão em um contexto de "aumento da incerteza e dos riscos a médio prazo", especialmente a deterioração do ambiente financeiro em nível internacional.

"Os altos níveis de dívida corporativa e soberana acumulados ao longo de anos de condições financeiras globais frouxas constituem um risco para algumas economias mais expostas às mudanças no cenário financeiro", afirmou a organização.

Durante os últimos meses, além disso, as tensões comerciais se elevaram, o que representa um risco para a atividade econômica regional, apesar de, por enquanto, só terem se refletido em revisões moderadas para baixo do volume projetado de comércio mundial e da atividade econômica global para 2019.