Londres condena detenção "inaceitável" de 2 petroleiros no Estreito de Ormuz
Londres, 19 jul. (EFE).- O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, se mostrou "extremamente preocupado" nesta sexta-feira com a captura "inaceitável" por parte do Irã de dois petroleiros no Estreito de Ormuz, um britânico e outro com bandeira da Libéria, mas pertencente a uma companhia do Reino Unido.
Segundo Hunt, o governo britânico está em contato diplomático com Teerã e aliados internacionais para tentar resolver a situação
"É essencial que se mantenha a liberdade de navegação e que todas as embarcações possam se locomover com segurança", disse o ministro britânico, que informou que não há cidadãos do Reino Unido entre os tripulantes dos dois navios detidos.
O governo do Reino Unido está avaliando que medidas serão tomadas "para garantir a pronta liberação de ambos os navios", acrescentou o diplomata.
A companhia Stena Bulk informou que perdeu contato com seu petroleiro Stena Impero por volta de meio-dia (horário de Brasília) desta sexta-feira, depois de receber um aviso de que várias embarcações e um helicóptero que não tinham se identificado estavam se aproximando do navio.
Já sem contato com os 23 membros da tripulação, a companhia verificou que o navio estava se dirigindo "para o norte, rumo ao Irã".
O petroleiro, de 30 mil toneladas, zarpou hoje dos Emirados Árabes Unidos e se dirigia para um porto na Arábia Saudita.
Uma segunda embarcação, o petroleiro Mesdar de bandeira da Libéria e operado pela companhia britânica Norbulk, também mudou de rumo nesta tarde e seguiu para o litoral iraniano, revelaram veículos de imprensa britânicos.
A captura anunciada pela Guarda Revolucionária do Irã acontece no mesmo dia em que Gibraltar ampliou por mais 30 dias a detenção do petroleiro iraniano Grace 1, retido há duas semanas no território ultramarino britânico pela suspeita de que estaria transportando petróleo para a Síria.
Quatro membros da tripulação do petroleiro, entre eles o capitão, foram detidos, mas liberados na semana passada após pagamento de fiança. EFE
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