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Trump ataca presidentes do Fed e da China: "Quem é nosso pior inimigo?"

Críticas de Trump vieram após Pequim anunciar tarifas adicionais no comércio com os EUA - Nicholas Kamm/AFP
Críticas de Trump vieram após Pequim anunciar tarifas adicionais no comércio com os EUA Imagem: Nicholas Kamm/AFP

Da EFE, em Washington

23/08/2019 13h13

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou hoje o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), e o presidente da China, Xi Jinping, em mensagem postada no Twitter, após Pequim anunciar tarifas adicionais no comércio com os EUA.

"A minha única pergunta é: quem é nosso pior inimigo, Jay Powell ou o presidente Xi?", indagou.

Powell discursou hoje e evitou falar sobre os próximos passos do Fed com relação à política monetária, enquanto a China impôs mais encargos sobre produtos americanos, em um valor que chega a US$ 75 bilhões (R$ 303,2 bilhões).

"Como de costume, o Fed não fez nada! É incrível que possam falar, sem saber ou perguntar o que estou fazendo, o que será anunciado em breve. Temos um dólar muito forte e um Fed muito frágil", afimou Trump.

Os investidores esperavam que Powell desse alguma pista, em seu discurso de hoje, sobre os próximos passos do Fed, depois que, na última reunião do banco, em julho, foi decidido pela diminuição das taxas de juros para entre 2% e 2,25%.

Este foi o primeiro corte nos EUA em mais de uma década, já que o anterior havia acontecido depois da grave crise financeira registrada no fim de 2008.

Powell, no entanto, manteve a postura reservada e não se comprometeu a seguir com a redução de taxas de juros, conforme alguns setores e o próprio Trump se mostraram favoráveis.

"A pergunta-chave colocada nessa era, então, é como podemos apoiar melhor o emprego máximo e a estabilidade de preços no mundo, com uma taxa de juros neutra baixa", afirmou o presidente do FED.

A China cumpriu as ameaças e hoje anunciou a imposição de tarifas as bens dos Estados Unidos sobre US$ 75 bilhões, em resposta aos últimos aumentos de encargos feitos pelos americanos. A medida do governo do país asiático entrará em vigor a partir de 1º de setembro.

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