China terá 130 mil estações de 5G em todo o país até o final do ano
Wuzhen (China), 21 out (EFE).- A China terá 130 mil estações de redes 5G distribuídas por todo o país até o final deste ano, anunciou nesta segunda-feira na Conferência Mundial de Internet de Wuzhen, no leste do país, o vice-ministro de Indústria e Tecnologia da Informação chinês, Chen Zhaoxing.
Cada estação de 5G pode ter várias antenas, o que fará as novas redes de internet móvel de grande capacidade e velocidade estarem instaladas em ampla escala no gigante asiático no início de 2020.
Chen garantiu que a China "aprofundará a aplicação do 5G em cada setor industrial para ganhar valor agregado", assim como na educação e na saúde, e destacou que "acelerará a construção de novas infraestruturas" para aproveitar as potencialidades desta nova tecnologia.
Wu Hequen, professor da Academia Chinesa de Engenheiros, negou que a nova internet móvel possa criar mais radiação eletromagnética que a 4G e garantiu que nos produtos da gigante tecnológica Huawei - pioneira no desenvolvimento das redes 5G - não há 'backdoors', ao contrário do que os Estados Unidos acusam.
A responsável na China da associação de operadores de telefonia celular (GSMA) Sihan Bo Chen, disse que 75% dos novos usuários de 5G estarão no gigante asiático - 460 milhões de chineses usarão a nova internet móvel em 2025, o que transformará o país no maior mercado mundial do setor.
A economia digital chinesa cresceu 15,8% em 2018 e representou 34,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo a Academia Chinesa de Informação e Tecnologia da Comunicação.
As possibilidades oferecidas por tecnologias como as redes 5G e a inteligência artificial são o centro dos debates da sexta edição da Conferência Mundial de Internet, que termina amanhã em Wuzhen.
A maioria dos especialistas considera que a combinação dessas tecnologias revolucionará a internet como a conhecemos e mudará o mundo.
Curiosamente, a China - onde estão bloqueadas dezenas de sites, além de aplicativos e redes sociais ocidentais - sedia há seis anos esta conferência internacional sobre internet, que busca estimular também a cooperação internacional e uma rede mais aberta. EFE
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