Macron anunciará hoje novas medidas para frear 2ª onda de Covid-19 na França
Macron fará um pronunciamento às 20h (horário local, 16h de Brasília), onde vai detalhar as novas decisões, para as quais ontem foi solicitado o apoio de partidos políticos com representação parlamentar.
Um novo confinamento, embora mais brando em relação ao que esteve em vigor entre março e maio, é a hipótese que agora parece mais provável, embora também tenham sido considerados os bloqueios locais ou regionais, ou a extensão do toque de recolher nas áreas mais atingidas.
Nos últimos dias, vários médicos especialistas têm insistido que o confinamento é a melhor opção, a fim de evitar que as trocas sociais continuem espalhando o vírus.
No entanto, o governo parece apostar numa versão mais leve da medida anterior, uma vez que as escolas seriam abertas e além da permissão de diversas atividades econômicas, embora as universidades fossem fechadas e o trabalho de forma remota fosse recomendado quando necessário.
O motivo é tentar evitar um colapso econômico. O secretário de Estado das Finanças, Olivier Dussopt, garantiu hoje em entrevista à "SudRadio" que, em caso de novo bloqueio total, o PIB da França cairia entre 2 e 2,5 pontos por mês.
O governo francês já espera uma queda da economia neste quarto trimestre, de modo que este ano o produto interno bruto (PIB) irá fechar com uma queda de cerca de 10% em relação a 2019.
Este pronunciamento de Macron irá ocorrer apenas duas semanas depois de ter anunciado a imposição de um toque de recolher em Paris e em oito outras grandes áreas metropolitanas.
Esse toque de recolher, das 21h às 6h (hora local), foi posteriormente aplicado em outros 38 departamentos do país, representando cerca de 46 milhões de franceses, pouco mais de dois terços da população do país.
Ontem à noite, as autoridades sanitárias anunciaram 292 mortes por Covid-19 nas 24 horas anteriores, o maior número desde abril, ultrapassando 258 no dia anterior.
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