Mais de 40% das famílias da região de Buenos Aires se endividaram na pandemia
O segundo relatório do estudo de impacto da pandemia realizado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec) mostrou que em 70,6% de todos os domicílios pesquisados foi tomado algum tipo de medida para lidar com os efeitos econômicos da crise sanitária.
As principais foram o uso da poupança familiar ou a venda de pertences (44,7%) e o endividamento (41,5%).
"No caso de famílias que relataram ter tido uma redução em sua renda ou problemas trabalhistas, os percentuais aumentam para 53,8%", afirma o relatório oficial.
Já para as famílias cujo chefe tem baixo nível de educação, a porcentagem chegou a 50,5%.
O estudo de impacto foi realizado no ano passado entre famílias da capital argentina e sua região metropolitana, onde vivem 15,4 milhões de pessoas - a população total da Argentina é de cerca de 45 milhões de habitantes.
Segundo dados oficiais, a taxa de pobreza na Grande Buenos Aires foi de 44,3% no segundo semestre do ano.
O relatório apontou ainda que a redução no consumo de alimentos por razões econômicas também tem sido uma estratégia relevante para as famílias cuja renda diminuiu ou teve problemas trabalhistas (45,3%) e para aquelas em que o chefe de família tem um baixo nível de educação (44,7%).
A economia da Argentina, que está em recessão há três anos, despencou 9,9% em 2020, em grande parte devido aos efeitos da pandemia. EFE
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