Von der Leyen afirma que autocracias desafiam as democracias
A UE e a Noruega mantêm uma "relação muito especial e única, não apenas pela proximidade geográfica, mas também porque há uma forte proximidade de valores", disse Von der Leyen, nesta quarta-feira, observando que essa relação é "extremamente importante nestes tempos difíceis" e transcende a crise que a Rússia está "criando na Ucrânia".
"É mais do que isso, mais do que a Rússia criando esta crise e violando o direito internacional (...), são também tempos de crise em que as autocracias desafiam as democracias", disse a presidente da CE.
Von der Leyen agradeceu à Noruega, que não é um Estado membro da UE, mas faz parte do Espaço Econômico Europeu, pelo seu apoio ao bloco comunitário, respondendo às necessidades de gás da UE.
"A Rússia tem usado energia nos últimos meses, se não nos últimos anos, para pressionar não apenas a Ucrânia, mas também a União Europeia", e a Noruega se comportou como um "fornecedor confiável" que "reagiu quando foi necessário mais gás".
A política alemã acrescentou que, embora a economia europeia atualmente precise de gás, e 40% do qual vem da Rússia, o objetivo é "desistir da dependência do gás russo" por meio da implantação de fontes renováveis ????autogeradas.
"Os valores comuns são realmente a base da nossa relação", confirmou o premiê norueguês, salientando que seu país é "uma parte integrante da economia europeia", pelo que as suas reações em relação ao comportamento da Rússia serão alinhadas com os "parceiros europeus".
A União Europeia aprovou sanções contra a Rússia que incluem a proibição de entrada de altos funcionários daquele país em território europeu, um limite ao acesso de Moscou aos mercados financeiros europeus e um embargo comercial às regiões separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk, que Moscou reconheceu como independentes.
Também com o gás como protagonista, a comissária europeia de Concorrência, Margrethe Vestager, referiu-se em outra entrevista coletiva quase simultânea à decisão de Berlim de suspender o processo de aprovação do gasoduto Nord Strem 2 que liga a Rússia à Alemanha por mar Báltico, em retaliação à agressão de Moscou contra a Ucrânia.
"Apoiamos plenamente as autoridades e o governo alemão, que disseram que, diante as atuais circunstâncias, o procedimento de aprovação foi suspenso", disse Vestager, lembrando que o gasoduto ainda não estava operacional, com isso a decisão não deveria ter um impacto ascendente no aumento dos preços do gás.
O primeiro-ministro norueguês também se reuniu com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
"A UE e a Noruega são parceiros fortes e confiáveis. Estamos unidos nas sanções contra as ações ilegais da Rússia e comprometidos com o direito internacional. Expressamos nossa total solidariedade com a Ucrânia", postou Michel no Twitter após a reunião. EFE
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