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Secretária do Tesouro americano defende limitação do preço do petróleo russo

14/07/2022 14h14

Jacarta, 14 jul (EFE).- A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, defendeu nesta quinta-feira a necessidade de um acordo por um mecanismo de imposição de um preço máximo ao petróleo da Rússia, que "ajude aos consumidores de todo mundo", sem a necessidade de que sejam feitas proibições diretas.

"Sem um limite de preços, com uma proibição, certamente, veríamos preços muito mais altos globalmente", disse Yellen, em entrevista coletiva concedida em Bali, na Indonésia, antes da reunião de ministros de Finanças e dos líderes de bancos centrais dos países que integram o G20, que ocorrerá entre amanhã e sábado na ilha.

A secretária do Tesouro sustentou que "não decidimos sobre um valor adequado", para o preço máximo da venda de petróleo russo, possibilidade já contemplada na declaração final da cúpula do G7, ocorrida no fim do mês passado, em Elmau, na Alemanha.

De acordo com Yellen, seria "um número que dê a Rússia um incentivo para seguir produzindo", de outro modo "à alternativa a um limite de preço é simplesmente que a União Europeia e os Estados Unidos, provavelmente, imponham proibições".

"Isso provocaria o fechamento de poços na Rússia, e queremos garantir que tenham um incentivo para produzir", completou a secretária do Tesouro.

Yellen vem defendendo a imposição de limite ao preço do petróleo russo há meses, e esse é um dos objetivos da viagem que faz à Ásia, onde visitou Tóquio, no Japão, uma semana antes de partir para Bali.

A União Europeia anunciou, em junho, o sexto pacote de sanções contra a Rússia devido a invasão da Ucrânia, que inclui um embargo ao petróleo do país que chega pela via marítima e contempla exceções para o que chega por oleoduto a países sem acesso ao mar, como Hungria, República Tcheca e Eslováquia.

Yellen antecipou que falará sobre a intervenção no custo do petróleo russo com os parceiros do G20, grupo das principais economias industrializadas e em desenvolvimento no mundo, que inclui China e Índia, nações que espera que "vejam que um limite nos preços também serve aos seus interesses, pois são importantes importadores".

A Rússia redirecionou uma grande parte das exportações de petróleo e derivados para países da Ásia-Pacífico, após a invasão da Ucrânia e as decorrentes sanções ocidentais. Segundo Moscou, o país tem capacidade para atender a crescente demanda existente na região. EFE