Itália prevê ficar "totalmente independente" do gás russo em 2024
"Somando a economia energética e os novos provedores, no segundo semestre de 2024 seremos totalmente independentes do gás russo", disse Cincolani em entrevista coletiva.
"A Itália importa 90% do gás que consome e até fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, 40% era russo, sendo a Rússia o principal fornecedor, motivo pelo qual o governo italiano lançou um plano de emergência para acabar com esta dependência.
Atualmente, o primeiro-ministro em exercício da Itália, Mario Draghi, e a diplomacia italiana chegaram a novos acordos com a Argélia, que já se tornou o principal fornecedor de gás do país, substituindo a Rússia, e Cingolani afirmou que o objetivo para o próximo inverno é superar esta dependência através de um plano de diversificação, preenchendo reservas e um plano de economia de energia.
Contudo, o ministro assegurou que, no caso de uma interrupção súbita na chegada do gás russo, a Itália teria reservas disponíveis até fevereiro.
"A falta de gás russo será compensada pelo gás argelino, e por esta razão não prevemos medidas drásticas para conter a demanda por parte da indústria. Por enquanto, a segurança energética está garantida", comentou.
Nesta quarta-feira, a estatal italiana de energia Eni anunciou que concluiu as negociações para a criação de um consórcio de gás em Angola, o New Gas Consortium.
O consórcio inclui a filial angolana da Chevron, Cabinda Gulf Oil Company Limited, Sonangol, a britânica BP e a francesa Total Energies.
Foi decidido financiar o desenvolvimento de campos de gás em Quiluma e Moboqueiro para construir duas plataformas offshore, uma estação de tratamento de gás em terra e um sistema para a comercialização de carregamentos de gás natural liquefeito.
A produção terá início em 2026 e espera-se que seja 330 milhões de pés cúbicos de gás por dia, o equivalente a 4 bilhões de metros cúbicos por ano. EFE
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