Fazenda iniciou processo que culminou com prisão de conselheiro do Carf
Brasília - A Corregedoria da Fazenda afirmou nesta quinta-feira (7), por meio de nota, que o trabalho que culminou na prisão do membro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) João Carlos de Figueiredo Neto, ocorrida na noite de ontem, em Brasília, foi iniciado pela Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda.
De acordo como documento, a denúncia que relatava possíveis práticas ilícitas do conselheiro, encaminhada por uma empresa privada de grande porte, foi recebida pela Corregedoria-Geral da pasta por representação do presidente do conselho.
"Após reunir os elementos indiciários da prática do crime, a Corregedoria deu ciência dos fatos e forneceu os elementos necessários ao Ministério Público Federal e ao Departamento de Polícia Federal para que fosse possível prosseguir com os trabalhos de investigação em torno dos fatos denunciados", garante a Fazenda.
A corregedoria disse, também, que os trabalhos de investigação ainda estão em curso no âmbito da Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda, que subsidiará a possível instauração de processo administrativo disciplinar.
Conduta inadequada
Em nota divulgada nesta quinta-feira (7), o Itaú Unibanco afirma que o banco foi "vítima de conduta inadequada de Conselheiro do Carf", que, segundo a empresa, solicitou vantagens para beneficiar o banco em julgamento de caso de seu interesse.
"Dados os princípios éticos e de transparência que norteiam nossa atuação, voluntariamente reportamos os fatos às autoridades competentes, que passaram a monitorar as atividades do Conselheiro, culminando em sua prisão no dia de ontem. Com essa atitude, esperamos ter contribuído com a identificação de conduta contrária à ética e à lei", diz a nota.
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