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Jucá diz que 'tendência hoje é' que PMDB feche questão para votação das reformas

Carla Araújo, Igor Gadelha, Fernando Nakagawa, Eduardo Rodrigues, Lorenna Rodrigues, Fabricio de Castro, Lu Aiko e Leonencio Nossa

Brasília

12/05/2017 14h03

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta sexta-feira, 12, que aguarda o envio da decisão da bancada do partido na Câmara para a Executiva para que o PMDB possa fechar questão na votação das reformas.

"A tendência hoje, chegando a proposta da câmara, é o fechamento de questão tendo em vista a importância e relevância da reforma da Previdência", disse, após cerimônia de balanço de um ano das ações do governo Michel Temer. "Estamos confiantes que a bancada vai encaminhar o documento."

Jucá afirmou ainda que estão tratando com outros partidos "para haver união de pensamento". "O PMDB vai colocar essa questão em pauta", declarou. Segundo o líder do governo, é importante fazer a reflexão de quanto o país já caminhou e quanto ainda precisa caminhar. "Nós não estamos brincando; temos que decidir o futuro do país e o futuro do país se faz com responsabilidade", destacou.

O senador reconheceu as dificuldades em torno das reforma, disse que a Previdência é o principal desafios do governo, mas reforçou o discurso que as reformas - incluindo a trabalhista - não vão tirar direitos.

Ao ser questionado se já estava realmente acertado o envio de uma Medida Provisória por parte do presidente Michel Temer para que o Senado não faça alterações na proposta trabalhista já aprovada na Câmara, Jucá disse que "não há ainda decisão de MP". "Há decisão de debate nas comissões e melhoria do texto", afirmou.

Para evitar atos de "rebeldia" na bancada, Temer se comprometeu com peemedebistas na terça-feira, 9, a editar uma Medida Provisória para acolher sugestões "consensuais", desde que os senadores aprovem o texto que veio da Câmara sem modificações. Alguns parlamentares, entretanto, avaliam que aceitar o acordo fragilizaria a imagem do Senado perante a sociedade, que se eximiria da responsabilidade de ser uma Casa revisora.

Jucá disse ainda que hoje há uma interlocução "bastante permanente" entre Executivo e Legislativo. "O Congresso está consciente da responsabilidade", disse. "A distancia que havia foi bastante diminuída".