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Temer: 'Pedi trégua aos caminhoneiros de 2 a 3 dias para encontrar solução'

Tânia Monteiro

Brasília

23/05/2018 17h38

O presidente Michel Temer pediu "trégua de uns dois ou três dias no máximo" aos caminhoneiros que estão paralisando serviços, entrega de combustível e abastecimento de supermercados em todo o país, por conta de uma greve pela redução dos preços do óleo diesel.

Segundo o presidente, ele pediu que o apelo fosse transmitido à categoria, na reunião que foi realizada no Palácio do Planalto para discutir os problemas do setor.

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Ao decidir falar, Temer não sabia da resposta já dada pelos representantes do setor que, naquele momento, já haviam rejeitado a suspensão do movimento como pedira o governo e decidido pela continuidade da paralisação.

"Desde domingo (20) estamos trabalhando neste tema para dar tranquilidade não só ao brasileiro que não quer ver paralisado o abastecimento, mas também tentado encontrar uma solução que facilite a vida especialmente dos caminhoneiros", declarou Temer, ao ser questionado pela imprensa se ia deixar o movimento se estender por mais dias.

"Eu até estou solicitando e pedi que nesta reunião se solicitasse uma espécie de trégua para que em dois, três dias no máximo nós possamos encontrar uma solução satisfatória para os caminhoneiros e para o povo brasileiro", declarou o presidente ao falar do apelo que pediu para ser transmitido à categoria.

Acordo para zerar um dos tributos do diesel

Um impasse em relação à paralisação foi criado após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter cobrado de Temer a assinatura imediata, ainda nesta quarta-feira (23), de um decreto revogando a Cide para o diesel, quando o acordado com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, foi que, assim que o Congresso votasse a desoneração da folha de pagamentos de empresas, o presidente assinaria o decreto para que um gasto fosse compensado com o outro.

Agora, como se estivesse "esticando a corda", nos dizeres de um assessor presidencial, Maia diz que Temer tem de assinar o decreto zerando a alíquota do diesel, sem que a contrapartida esteja garantida, o que, a princípio, estava sendo considerado impossível.

Novas reuniões serão realizadas no Planalto ainda nesta quarta-feira para que se chegue a uma conclusão do que poderá ser feito para amenizar os problemas que já começam a ser sentidos pela população.

Um interlocutor direto do presidente disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" que a situação "está se agravando muito rapidamente", o que acendeu um alerta no Planalto.

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