Indústria de materiais sente desabastecimento e impossibilidade de entrega
A Mexichem Brasil, dona da Amanco, afirmou que um plano de contingência foi adotado nas sete fábricas no País de forma a não paralisar as operações. No entanto, as entregas de mercadorias aos clientes foram afetadas. Desde o início da semana, os caminhões da empresa estão parados, no aguardo da liberação das rodovias. E desde a quinta-feira não havia mais veículos disponíveis para serem carregados. A companhia acrescentou que, após o fim da greve, será necessário alguns dias para normalizar as operações logísticas.
A Duratex, detentora das operações de Deca, Hydra e Ceusa, também não teve parada nas unidades fabris. Apesar disso, apontou que a greve está afetando a chegada de insumos importantes para a produção dos produtos de todas as marcas da companhia, além de impossibilitar a saída de produtos das unidades do grupo. A companhia acrescentou que está trabalhando em ações para mitigar essas situações que possam impactar sua operação e a entrega aos seus clientes.
A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) não fez um balanço da quantidade de unidades paradas nem dos impactos econômicos, mas admitiu que vê a greve dos caminhoneiros com muita preocupação em função do desabastecimento à indústria e à população.
Preocupada com as recentes altas nos preços do petróleos e seus derivados e os reflexos dessas pressões, a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) encaminhou uma carta às petroquímicas alertando para os impactos negativos para a economia.
O setor de transformados plásticos tem acumulado desde o início do ano aumentos que variam de 10% a 20%, dependendo do tipo de matéria-prima. Os transformados plásticos tiveram ao longo do primeiro trimestre um incremento de 1,5% em seus preços, o que demonstra que a maior parte dos aumento de matérias-primas estão sendo absorvidas pelas transformadoras de plástico sem horizonte de repasses considerando uma demanda que mostra sinais de retração.
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