Ilan diz que choques do dia a dia não afetam política monetária
Em outro momento, em resposta a um pergunta semelhante, relacionada ao efeito do preço do diesel na inflação, Goldfajn lembrou que a inflação é uma média de vários preços. "Alguns itens caem e outros sobem. Não vou comentar um item sozinho. Temos que ter a média dos preços da economia andando mais devagar", afirmou. "Às vezes acontece de termos choques que levam para baixo e outros para cima. BC tem de trabalhar com a média da inflação", disse.
Câmbio
Ao responder a uma pergunta sobre como o Banco Central (BC) avalia a possibilidade de controlar o câmbio para evitar pressões inflacionárias, Goldfajn reforçou que o único instrumento de controle dos preços internos é a taxa básica de juros.
"O BC tem um instrumento, que é a taxa de juros, e é esse instrumento que usa pra controlar a inflação. Tivemos certo sucesso até o momento e a inflação caiu para abaixo de 3%", comentou Goldfajn durante encontro com empresários promovido na zona sul da capital paulista pelo Lide.
O presidente do BC repetiu durante o evento que o cenário internacional se tornou "mais desafiador", mas destacou que a economia brasileira conta hoje com amortecedores que não tinha no passado. Nesse ponto, citou a redução do déficit nas transações correntes - inferior a 0,5% do PIB e que, segundo ele, poderá virar superávit nos próximos doze meses -, as reservas internacionais de US$ 380 bilhões e o estoque de swap cambial. "Hoje, com a mudança no cenário internacional, estamos usando um pouco desse colchão", declarou Goldfajn, referindo-se aos leilões de swap feitos pelo BC para conter a disparada do dólar.
O presidente do BC frisou ainda que o quadro de inflação abaixo da meta dá um conforto para a condução da política monetária e que o sistema financeiro se mostra bastante resiliente, ao passo que as empresas têm exposição ao choque externo menor do que no passado.
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