Opep e aliados iniciam reunião de cúpula para discutir aumento na produção
O encontro da Opep e aliados começou com mais de uma hora de atraso, após os ministros de Energia saudita, Khalid al-Falih, e iraniano, Bijan Zanganeh, se reunirem para uma conversa bilateral, segundo fontes com conhecimentos do assunto.
Ao longo da semana, Zanganeh afirmou que o Irã era contrário ao aumento da produção e acusou a Arábia Saudita de fazer o jogo dos EUA, ao pressionar por um forte acréscimo na oferta.
Falih, por sua vez, propôs um aumento na produção de 1 milhão de barris por dia (bpd). Como a elevação seria distribuída de forma proporcional para todos os membros do grupo - mesmo os que não tem condições físicas de ampliar a oferta - qualquer aumento de fato seria menor, mais próximo de 600 mil bpd, disseram fontes.
Antes da cúpula, Falih disse a repórteres que manteria a proposta de aumento de 1 milhão de barris que já havia feito ontem, mas alertou que alguns países-membros não teriam como contribuir para a elevação.
Falih também comentou que qualquer futura alta da produção será gradual. Segundo o ministro saudita, os produtores voltarão a se reunir na Argélia, em setembro, para avaliar a oferta e demanda do petróleo.
"Não acho que se deva esperar um aumento imediato no volume de petróleo bruto no mercado", disse Falih. Nesta manhã, os futuros de petróleo negociados em Londres e Nova Ýork sobem mais de 1%.
Zanganeh, por sua vez, disse que espera ver mudanças na proposta de elevação de 1 milhão de barris, mas não ofereceu detalhes.
"Nós vamos mudar a estrutura" da proposta, disse o iraniano, acrescentando que o texto precisa ser finalizado.
Por um acordo que está em vigor desde o começo do ano passado, a Opep e aliados têm procurado reduzir sua produção conjunta em cerca de 1,8 milhão de barris por dia (bpd). Ontem, os sauditas propuseram um aumento de 1 milhão de bpd, que, na prática, reduziria os atuais cortes na oferta a 800 mil bpd.
O pacto, que ficaria em vigor até o fim de dezembro, ajudou a conter o excesso de oferta de petróleo e a impulsionar os preços da commodity.
Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, culpou a Opep pela alta do petróleo, que nos últimos meses atingiu os maiores níveis em três anos e meio. Fonte: Dow Jones Newswires.
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