Yuan atinge mínima em um ano, após PBoC orientar moeda para baixo
O yuan atingiu mínimas em um ano nesta sexta-feira, após o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) orientar a moeda para baixo. O PBoC determinou a taxa de paridade do dólar a 6,7671 yuans, elevação de 0,89% em relação à taxa da véspera.
Em termos porcentuais, trata-se da maior desvalorização da divisa chinesa em relação à americana em dois anos. Pelas regras do PBoC, o yuan pode variar 2% para mais ou para menos, em relação à taxa de paridade diária.
Em julho, a moeda chinesa já recuou 2,3% em relação ao dólar. Esse movimento no câmbio torna as exportações chinesas mais baratas para os compradores de outros países.
O crescente protecionismo global, porém, poderia limitar a capacidade de companhias exportadoras aproveitarem isso. O yuan mais barato também dificulta o quadro para companhias chinesas com dívidas em dólar. Em nota hoje, estrategistas do Deutsche Bank dizem que há incertezas no mercado e a situação no comércio ainda é "imprevisível".
"Mas se torna cada vez mais difícil ignorar os movimentos da moeda da China, diante de uma potencial guerra cambial", afirmam.
Em entrevista na quinta-feira, o presidente americano, Donald Trump, reclamou que o dólar mais valorizado deixa os EUA em uma "desvantagem" relativa.
Em Hong Kong, onde a moeda chinesa é negociada sem limitações, ela atingiu a mínima desde junho de 2017, em 6,8363 yuans por dólar. Ao longo do pregão de hoje, o yuan se recuperou tanto na China quanto em Hong Kong.
As flutuações da moeda, porém, podem ter impacto global. Uma modesta desvalorização em agosto de 2015 gerou o temor de uma desaceleração na economia chinesa, o que derrubou ações e os preços das commodities pelo mundo.
Além disso, esse movimento no câmbio gera saída de capital da China, que naquele ano o governo sofreu para controlar.
Fonte: Dow Jones Newswires.
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