BC eleva em ata do Copom projeção de reajuste de administrados em 2019
No caso do cenário de referência, que utiliza como parâmetros câmbio constante a R$ 3,75 e juros constantes a 6,50% ao ano, a projeção para a alta dos preços administrados em 2018 seguiu em 7,4%. No caso de 2019, foi de 4,8% para 5,0%.
Na segunda-feira, o Relatório de Mercado Focus indicou que a estimativa para 2018 no mercado financeiro é de elevação de 7,00% dos administrados. Para 2019, a expectativa está em 4,50%.
As projeções para os preços administrados ajudaram a formar a base para que o colegiado mantivesse na semana passada a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano. Foi o terceiro encontro consecutivo em que o colegiado não alterou a taxa básica.
IPCA 2018
A ata indicou que a projeção para o IPCA de 2018 no cenário de referência está em 4,2%. Já a projeção para 2019 é de 4,1%.
Estes são os mesmos valores citados no comunicado que acompanhou a decisão do colegiado, na semana passada, quando a Selic (a taxa básica de juros) foi mantida em 6,50% ao ano pela terceira vez consecutiva. Na ata do encontro anterior do Copom, ocorrido em junho, as projeções do cenário de referência também estavam em 4,2% para 2018 e 4,1% para 2019.
O BC formulou seu cenário de referência tendo como referência a Selic constante em 6,50% ao ano e uma taxa de câmbio de R$ 3,75. Este valor para o câmbio teve como base a cotação média para a moeda americana observada nos cinco dias úteis encerrados na sexta-feira anterior à reunião do Copom (27 de julho).
Na ata desta terça, o BC indicou ainda que a projeção para o IPCA de 2018 no cenário de mercado está em 4,2%. A projeção para 2019 é de 3,8%. Estes também são os mesmos valores citados no comunicado que acompanhou a decisão do colegiado, na semana passada. O cenário de mercado utiliza como referência as projeções do Relatório de Mercado Focus para a Selic e o câmbio. Na ata de junho, as projeções do cenário de mercado estavam em 4,2% para 2018 e 3,7% para 2019.
Desde fevereiro do ano passado, o BC vinha dando maior ênfase ao cenário de mercado, em detrimento do cenário de referência. Na época, o BC alegou que, como a Selic estava em processo de baixa, o cenário com taxa constante perdia relevância. Porém, a partir de maio deste ano, com a Selic estável, o cenário de referência voltou a ganhar destaque nas comunicações do BC.
O centro da meta de inflação perseguida pela instituição este ano é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%). No caso de 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 2,75% a 5,75%).
No Relatório de Mercado Focus publicado na segunda-feira, as instituições financeiras projetaram inflação de 4,11% em 2018 e 4,10% em 2019.
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