Temer: governo atuou sobre a questão fiscal, que foi o 'centro da recessão'
O presidente da República disse ainda que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano seria mais robusto se não fosse a greve dos caminhoneiros. "O País cresce e gera oportunidades", afirmou, acrescentando que antes da paralisação dos caminhoneiros a estimativa do governo em relação ao crescimento do PIB era de uma expansão de 3,2%.
Mesmo com a greve, de acordo com Temer, a economia fechará o ano com crescimento, acima de 1%. No Boletim Focus divulgado na segunda-feira, 20, pelo Banco Central, a mediana das expectativas em relação ao PIB neste ano aponta para um crescimento da ordem de 1,49%.
Temer disse ainda que hoje é possível dizer com segurança que a recuperação do setor siderúrgico é sustentável, "sólida e que veio para ficar". "Em 2016 foi um dos anos mais difíceis para a nossa indústria, mas conseguimos reverter esse quadro", disse.
Segundo Temer, o governo esteve próximo da indústria siderúrgica, por exemplo, para buscar uma solução para o problema criado ao setor com a medida de protecionista dos Estados Unidos, que sobretaxou o aço importado pelo país. "Setor mostrou sua força na maior crise que o País já passou", disse.
O presidente voltou a destacar o diálogo como um dos pontos fortes de seu governo e deu a aprovação da reforma trabalhista como o exemplo de como seu governo dialoga com a sociedade. "A reforma trabalhista não se deu do governo para baixo. Conversamos com os sindicatos patronais e de trabalhadores. No dia da promulgação da reforma, tivemos presente sete associações de trabalhadores e sete associações empresariais", afirmou.
Temer também fez questão de citar e defender o teto dos gastos, tão criticado e até mesmo de ameaçado de ser revogado por vários dos candidatos à Presidência da República. "O teto dos gastos significa que, depois da reforma da Previdência, vamos gastar apenas o que arrecadamos", disse.
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