Deflação ao consumidor foi menos intensa para mais pobres em novembro, diz Ipea
Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 11, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na sexta-feira, 7, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro teve queda de 0,21%.
Segundo os pesquisadores do Ipea, a deflação foi menor para as pessoas mais pobres por causa da dinâmica de preços de alimentos.
"A alta de 0,39% do grupo 'alimentos e bebidas' provocou um aumento inflacionário maior para as pessoas de renda mais baixa, por conta do peso desses itens na cesta de consumo da população mais pobre", diz a nota divulgada pelo Ipea.
Além dos alimentos, os reajustes de 0,5% do gás de botijão e de 0,4% dos aluguéis também contribuíram para limitar a deflação das classes mais baixas, informou o Ipea. No desagregado, a deflação do IPCA foi puxada da queda de preços na conta de luz e nos produtos de higiene pessoal.
"As famílias de renda mais alta, por sua vez, registraram uma deflação maior principalmente devido à retração do preço da gasolina (-3,1%). No cômputo geral, essas famílias de maior poder aquisitivo sofreram menos com os preços, embora também tenham se beneficiado menos do recuo das tarifas de energia elétrica", diz a nota do Ipea.
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