Santander: houve 'inconsistência' nas taxas do cheque especial informadas ao BC
Na manhã desta terça, o Banco Central informou que a taxa média de juros cobrada no cheque especial subiu de 305,7% ao ano em novembro para 312,6% ao ano em dezembro. Esta taxa média considera todas as instituições financeiras do sistema.
De acordo com a autarquia, a alta média ocorreu em parte por um "efeito composição" pelas instituições financeiras: normalmente quem busca o cheque especial no fim do ano tem um perfil de risco mais alto, por isso as taxas são mais caras. Além disso, o BC citou o caso de uma grande instituição financeira que elevou de forma mais acentuada o juro no cheque especial no período.
Dados disponíveis no site do próprio BC mostram que o Santander teria subido de 234,35% ao ano em novembro para 422,46% ao ano em dezembro a taxa do cheque especial. Esta é justamente a inconsistência relatada pelo Santander. Os dados, conforme a instituição financeira, não estão corretos.
Na nota, o Santander acrescentou que o produto Santander Master "permite a utilização do limite extra da conta corrente por até dez dias sem a cobrança de juros para todos os clientes pessoa física". "Cerca de 35% dos usuários do cheque especial usufruem deste benefício regularmente, o que não é contabilizado no cálculo da taxa média divulgada pelo Banco Central."
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