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Santander: houve 'inconsistência' nas taxas do cheque especial informadas ao BC

Fabrício de Castro

Brasília

29/01/2019 21h12

O banco Santander afirmou na noite desta terça-feira, 29, por meio de nota encaminhada ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que verificou uma "inconsistência nas taxas de juros do cheque especial reportadas ao Banco Central na última semana de novembro de 2018 e enviou novas informações para correção". De acordo com o banco, "os dados incorretos sugerem uma elevação na taxa do produto, comparando o final dos meses de novembro e dezembro daquele ano, que não se verificou na prática, ou seja, os percentuais permaneceram estáveis".

Na manhã desta terça, o Banco Central informou que a taxa média de juros cobrada no cheque especial subiu de 305,7% ao ano em novembro para 312,6% ao ano em dezembro. Esta taxa média considera todas as instituições financeiras do sistema.

De acordo com a autarquia, a alta média ocorreu em parte por um "efeito composição" pelas instituições financeiras: normalmente quem busca o cheque especial no fim do ano tem um perfil de risco mais alto, por isso as taxas são mais caras. Além disso, o BC citou o caso de uma grande instituição financeira que elevou de forma mais acentuada o juro no cheque especial no período.

Dados disponíveis no site do próprio BC mostram que o Santander teria subido de 234,35% ao ano em novembro para 422,46% ao ano em dezembro a taxa do cheque especial. Esta é justamente a inconsistência relatada pelo Santander. Os dados, conforme a instituição financeira, não estão corretos.

Na nota, o Santander acrescentou que o produto Santander Master "permite a utilização do limite extra da conta corrente por até dez dias sem a cobrança de juros para todos os clientes pessoa física". "Cerca de 35% dos usuários do cheque especial usufruem deste benefício regularmente, o que não é contabilizado no cálculo da taxa média divulgada pelo Banco Central."