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Itaúsa avalia investir no mercado de gás

Aline Bronzati e Nayara Figueiredo

São Paulo

20/02/2019 08h00

A Itaúsa, holding de investimentos do Itaú Unibanco, deverá avaliar investimentos no setor de gás, afirmou o presidente do grupo, Alfredo Setubal. Dona da Alpargatas e acionista do gasoduto NTS, a holding também está em um dos consórcios que disputam Transportadora Associada de Gás (TAG), que pertence à Petrobrás.

Segundo Setubal, há a expectativa de a Petrobrás reabrir a disputa pelo ativo. "Temos olhado bastante o setor de gás, que traz um retorno muito bom", disse o banqueiro, em teleconferência com analistas e investidores após a divulgação de seu balanço.

O gasoduto TAG, que transporta gás natural nas regiões Norte e Nordeste do País, foi colocado à venda pela Petrobrás, mas uma liminar da Justiça de Pernambuco suspendeu a transação no meio do ano passado. Com a liminar cassada no início deste ano, a estatal deverá retomar o processo de venda. A francesa Engie tinha um contrato de exclusividade com a Petrobrás para fechar o negócio, mas outros consórcios correm por fora.

A venda do gasoduto pode render entre US$ 8 bilhões e US$ 9 bilhões à Petrobrás, segundo fontes. A estatal já tinha vendido, dois anos antes, 90% do NTS, gasoduto transporta gás na região Sudeste, por US$ 4,2 bilhões.

Segundo Setubal, a Itaúsa também não descarta olhar outros ativos que podem ser colocados à venda no programa de privatizações da Petrobrás, mas não deu detalhes.

"Acreditamos que este ano possam surgir várias oportunidades. Vamos selecionar quais serão as nossas prioridades. Não queremos crescer portfólio (não financeiro) da Itaúsa de forma extremamente acelerada que leve a um endividamento da holding muito grande", explicou Setubal.

O principal ativo da Itaúsa é o Itaú Unibanco, que responde por mais de 90% da receita da holding. Além do banco, o grupo é controlador da Alpargatas, Duratex e sócio do NTS.

Resultados

No ano passado, o lucro líquido da holding somou R$ 9,436 bilhões, alta de 15,9% em relação a 2017. No quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 2,7 bilhões, alta de 19%. No ano, o ativo total do grupo totalizou R$ 58,420 bilhões, 3,4% maior que em 2017. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.