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Geração de vagas baixa nos EUA é algo "casual" e não merece atenção, diz Kudlow

Gabriel Bueno da Costa

São Paulo

08/03/2019 12h42

Diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Larry Kudlow minimizou nesta sexta-feira o número de geração de vagas de fevereiro. Segundo ele, trata-se de algo "casual" e os investidores não devem prestar atenção a ele.

O Departamento do Trabalho informou mais cedo que a economia americana gerou 20 mil vagas em fevereiro, bem abaixo da previsão de 185 mil dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. A taxa de desemprego recuou de 4,0% a 3,8%, enquanto o salário médio por hora subiu 0,40% ante janeiro, acima da expectativa de alta de 0,3%.

Kudlow argumentou que os dados mensais trazem ruído e que é mais importante olhar a tendência, que segue positiva na geração de vagas. Além disso, destacou a queda na taxa de desemprego e o crescimento nos salários, comentando a maior presença das mulheres na força de trabalho e que a produtividade avança em ritmo saudável.

O economista do governo do presidente Donald Trump disse que o mês de fevereiro foi ainda afetado pela paralisação parcial do governo e por questões climáticas. Ainda assim, ressaltou que os EUA são a economia que mais cresce no mundo, entre as principais. Ele comparou o quadro com o da Europa, onde, para ele, não resolverá a oferta de mais dinheiro barato, como fez ontem o Banco Central Europeu (BCE). Kudlow defendeu que é preciso haver mudanças nas regulações trabalhistas europeias e menos impostos, para estimular de fato a economia da zona do euro.