Lucro da Azul cai 20,1% e atinge R$ 137,7 milhões no 1º trimestre
O resultado operacional (Ebit) ficou em R$ 335,6 milhões, retração de 10,1%. A margem Ebit caiu para 13,2%, de 17,0% há um ano.
A receita líquida apresentou um aumento de 16,0% para R$ 2,542,0 bilhões sobre o primeiro trimestre de 2018 .
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 724,2 milhões, alta de 8,1%, e com margem de 28,5%, dois pontos porcentuais menor.
Alavancagem
A alavancagem da Azul, medida pela relação dívida líquida ajustada e Ebitda (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos com leasing de aeronaves), caiu para 3,4 vezes no primeiro trimestre de 2019, ante 4,2 vezes informado ao final de 2018. O desempenho também é levemente superior a 3,2 vezes anotado um ano antes. Considerando os recebíveis, a alavancagem da aérea seria de 2,9 vezes.
No comparativo anual, a dívida bruta total considerando hedge cambial aumentou em R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre, para R$ 12,2 bilhões. Essa alta, segundo a companhia, se deve principalmente à entrega de 11 novos A320neos sob arrendamento operacional nos últimos 12 meses, à captação de R$ 295,9 milhões de uma linha de crédito para manutenção dos motores das aeronaves Embraer e à emissão de debêntures em 2018.
Em 31 de março de 2019, o prazo médio da dívida da Azul, excluindo passivos de arrendamento de aeronaves, era de 4,1 anos, e o custo médio da dívida era de 6,8% para a porção em reais e 6,0% para a dívida em dólares. Considerando as operações de hedge, 100% da dívida não relacionada a aeronaves era denominada em reais no final do trimestre.
A Azul encerrou o trimestre com R$ 3,984 bilhões em caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras circulantes e não circulantes e contas a receber, 15,7% acima do verificado um ano antes. Esse montante representa 42,4% da receita do ano.
Investimentos
No primeiro trimestre os investimentos líquidos da Azul somaram R$ 401,7 milhões, crescimento de 52,5% em relação ao mesmo período de 2018. A maior parte dos aportes, segundo a aérea explica em seu informe de resultados, está relacionada principalmente com a capitalização de eventos de manutenção de motores e a aquisição de peças de reposição.
Frota
Em 31 de março de 2019, a companhia aérea possuía uma frota operacional de 125 aeronaves (cinco acima do reportado a um ano), e uma frota contratual de 147 aeronaves, com idade média de 5,8 anos. Já o total de aeronaves em arrendamento passou de 120 para 127 em um ano.
"As 22 aeronaves não incluídas em nossa frota operacional consistem em 15 aeronaves subarrendadas para a TAP, dois ATRs e quatro Embraer E-Jets que estão em processo de saída da frota, e um A320neo em processo de incorporação na frota", informa a aérea.
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