Comitê de investimentos do FI-FGTS decide não fazer desinvestimento na Alupar
Dos 12 membros do comitê, 11 participaram da reunião, ocorrida na sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília. Oito membros votaram a favor da operação e três foram contrários. Para que o desinvestimento fosse feito, eram necessários nove votos. Os três votos contrários à venda da participação foram dados pelos representantes dos trabalhadores no FI-FGTS. Já o membro do conselho que faltou à reunião era um dos representantes dos empregadores.
"Talvez em outro momento possamos aprovar", afirmou Abijaodi, explicando que o assunto pode voltar à pauta do comitê a qualquer momento. O comitê se reúne sempre na última quarta-feira de cada mês. "Este (desinvestimento) da Alupar ficou para um período posterior. Essa participação, de cerca de R$ 800 milhões, tem dez anos e é um caso de sucesso. Pode ser que, colocando (em pauta) em outro momento, a gente possa modificar." Neste período de dez anos, a Alupar gerou um retorno de 200% sobre o investimento inicial do fundo.
De acordo com Abijaodi, os membros do FI-FGTS que votaram contra a venda de participação não se mostraram convencidos de que este era o melhor momento para se desfazer do ativo.
Atualmente, a carteira total de ativos do fundo está em R$ 32 bilhões, sendo que há investimentos em mais de 20 projetos - entre eles, a Alupar. Abijaodi afirma que existe uma situação de "maturidade" em muitos desses projetos e que, por isso, outros desinvestimentos podem ocorrer.
Ele pontuou, no entanto, que o interesse maior do FI-FGTS hoje é retomar os projetos de financiamento. "Temos R$ 7 bilhões para aplicar atualmente. Temos que respeitar os setores que o FI-FGTS pode aplicar, que são os de saneamento, rodovias, ferrovias e portos - os de infraestrutura em geral", disse. "Não podemos entrar em habitação, em construção de casas."
Abijaodi afirmou ainda que na próxima reunião, no fim de agosto, o conselho vai aprovar uma chamada pública abrindo a possibilidade para apresentação de projetos a serem financiados. Ele lembrou ainda que o FI-FGTS não financia 100% dos projetos, mas até 50%. "Quanto mais pudermos fazer este ano, melhor. Podemos chegar até R$ 7 bilhões, mas não esperamos preencher os R$ 7 bilhões desta vez", acrescentou.
Abijaodi disse ainda que o prazo para apresentação dos projetos será de 45 dias e que o FI-FGTS pretende fazer roadshow em algumas cidades.
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