Inflação em julho foi maior para para famílias mais pobres, diz Ipea
No mesmo período, o custo de vida aumentou 0,17% para as famílias de renda mais elevada. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 0,19% em julho.
"No caso da energia, nota-se que, apesar de ter contribuído fortemente para a alta de preços de todas as faixas, o reajuste de 4,5% nas contas de luz impactou muito o orçamento dos mais pobres relativamente aos mais ricos. Por certo, enquanto o grupo habitação contribuiu com 0,27 ponto porcentual para a inflação do segmento de renda mais baixa, na camada mais alta, o impacto foi de 0,13 ponto", ressaltou a técnica do Ipea Maria Andréia Parente Lameiras, na Carta de Conjuntura que trata do indicador.
"Em relação aos alimentos no domicílio, deve-se pontuar que, a despeito de ainda apresentarem deflação em julho (-0,06%), esta veio em magnitude inferior a observada em junho (-0,39%), o que gerou um alívio inflacionário menor que o verificado no mês anterior", completou Lameiras.
O indicador do Ipea separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo IPCA. Os grupos vão desde uma renda familiar de até R$ 1.615,64 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 16.156,35, no caso da renda mais alta.
A taxa de inflação das famílias de renda mais baixa acumulada em 12 meses até julho de 2019 ficou em 3,38%, mais elevada que a da faixa de consumidores mais ricos, de 3,21% no período. O IPCA acumulado em 12 meses até julho de 2019 foi de 3,22%.
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