Produção de feijão atende consumo, afastando pressão sobre preço, diz IBGE
Em relação à safra de 2018, a produção total de feijão deverá ser 1,1% menor. No entanto, a safra do grão ainda atende ao consumo doméstico, de cerca de três milhões de toneladas, afastando uma eventual pressão sobre preços ao consumidor, avaliou Carlos Alfredo Guedes, gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE.
"Na segunda (safra) teve excesso de chuva em algumas regiões, mas nada tão severo. A queda de produtividade foi compensada pelo aumento de área", disse Guedes.
A primeira safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, queda de 3,6% em agosto ante a estimativa de julho, 48.831 toneladas a menos. A região Nordeste teve a estimativa de produção reduzida em 9,8%. Entre as unidades da federação, as que mais influenciaram o resultado foram: Minas Gerais (-4,8%), Ceará (-11,7%), Piauí (-13,8%), e Paraíba (-37,7%).
A primeira safra de feijão será 14,8% menor que a do ano passado, devido a reduções no Paraná (-19,8%), Minas Gerais (-12,5%), São Paulo (-31,6%), Ceará (-14,1%), Goiás (-29,7%), Piauí (-14,8%), Santa Catarina (-20,5%), Rio Grande do Sul (-10,0%) e Distrito Federal (-29,8%). Por outro lado, a Bahia aumentou a produção em 25,5%.
A segunda safra de feijão foi estimada em 1,137 milhão de toneladas, um recuo de 2,5% ante julho. O Paraná teve queda de 2,1% na produção, 7.260 toneladas a menos. Em Minas Gerais, a redução foi de 1,5%, menos 2.625 toneladas. No entanto, a produção para a segunda safra do grão ainda é 13,4% superior à de 2018. Houve aumentos em Alagoas (79,8%), Ceará (35,5%), Pernambuco (17,6%), Bahia (478,5%), Paraná (25,4%), Minas Gerais (15,3%), Goiás (25,3%), São Paulo (49,0%), Mato Grosso do Sul (37,8%) e Rio Grande do Sul (11,4%).
A terceira safra de feijão está estimada em 513,6 mil toneladas, um aumento de 0,8% em relação a julho. A previsão é 12,5% superior à colheita de 2018, devido a aumentos no Mato Grosso, com crescimento de 112,0%, Distrito Federal (101,7%), Minas Gerais (3,7%) e Paraná (48,0%).
Segundo o IBGE, a maioria dos Estados cultiva a terceira safra de feijão sob irrigação e maior custo de produção, "logo um bom preço do produto é essencial para decisão de plantio pelos produtores", explicou o órgão, em nota.
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