Para analistas, Selic pode terminar o ano em 4,5%
Economistas afirmaram que o comunicado apresentado nesta quarta-feira (18) pelo Copom sinaliza que há espaço para mais afrouxamento monetário, ou seja deve ocorrer novos cortes na Selic.
O economista do Santander Rodolfo Margato disse que o tom do comunicado reforça a expectativa do banco de que a taxa Selic encerre o ano em 4,5%, com mais dois cortes seguidos de 0,5 ponto. O Santander também reitera a expectativa de Selic estável em 4,5% ao longo de 2020.
"O grande destaque do comunicado foi a questão das expectativas, principalmente no cenário híbrido", afirma.
A economista-chefe da Ourinvest Investimentos, Fernanda Consorte disse que, apesar de não fazer projeções para taxa de juros, avalia ser perfeitamente factível a Selic encerrar ano entre 5% e 4,5%.
Para Fernanda, pesa também a favor da continuidade dos cortes da Selic o fato de o cenário de baixa atividade pelo qual passa a economia não possibilitar repasses da alta do dólar para os preços.
O comunicado, diz, manteve praticamente os mesmos balanços de riscos vistos na ata da reunião anterior: "O BC segue dando atenção para a atividade externa, mas sinaliza que a queda de juros nas economias centrais pode trazer algum alívio para os emergentes."
"Acreditamos que essa decisão sinaliza que o Banco Central deve continuar com o processo de corte de juros nas próximas reuniões, se não ocorrerem choques externos relevantes", diz Gabriela Fernandes, economista chefe da Gauss Capital, sobre o corte do juro.
Crédito
O Bradesco informou que reduzirá as taxas de juros de suas principais linhas de crédito a partir de segunda-feira, 23 de setembro, acompanhando a decisão do Copom. O banco não informou, entretanto, quais serão as linhas que terão as taxas reduzidas.
O Itaú Unibanco também anunciou uma redução nas taxas de juros de suas linhas de crédito. O banco disse que vai repassar integralmente o corte de 0,5 ponto porcentual anunciado na quarta-feira Copom.
Em nota, o banco informa que para pessoa física, a redução será no empréstimo pessoal e, no caso de pessoa jurídica, no capital de giro. Conforme o Itaú, os valores, que passam a valer a partir de desta quinta-feira, 19, variam de acordo com o perfil do cliente e de seu relacionamento com o banco.
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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