Consumidores esperam inflação de 4,9% em 12 meses a partir de outubro, aponta FGV
"O resultado de outubro sinaliza que a percepção de inflação pelos consumidores continua convergindo para a meta oficial. Grande parte desse resultado pode ser devido à trajetória favorável dos preços e, principalmente, à ausência de choques sobre os produtos de maior peso na cesta de consumo das famílias. Para os próximos meses, espera-se que o indicador permaneça nessa tendência de queda, refletindo o bom comportamento do nível geral de preços", avaliou Renata de Mello Franco, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Na distribuição por faixas de inflação, 43,2% dos consumidores projetaram uma taxa entre o limite inferior e a meta de inflação (entre 2,75% e 4,25%), a maior parcela dos últimos seis meses. No mês anterior, esse porcentual era de 40,8% dos consumidores. Já a proporção dos consumidores projetando inflação acima do limite superior da meta (5,75%) para 2019 foi de 32,2%, a menor proporção desde maio de 2018 (31,9%), antes da greve dos caminhoneiros.
Na análise por faixas de renda, as famílias com renda familiar mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil apresentaram a maior queda nas expectativas medianas para a inflação nos próximos 12 meses. O recuo foi de 0,6 ponto porcentual, para 5,2%, o menor nível desde março de 2008 (5,1%). Para os consumidores com renda acima de R$ 9,6 mil, a expectativa se manteve na mínima histórica de 4,0%.
O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.
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