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Petrobras usará mais que o dobro do crédito da cessão onerosa para pagar leilão

Marcelo D. Sants/Framephoto/Estadão Conteúdo
Imagem: Marcelo D. Sants/Framephoto/Estadão Conteúdo

Fernanda Nunes, Denise Luna e Mariana Durão

Rio

06/11/2019 13h17

A Petrobras vai ter que usar todo o crédito recebido da União pela revisão do contrato de cessão onerosa, de R$ 34 bilhões, e ainda acrescentar mais que o dobro do próprio caixa para pagar o bônus de assinatura de R$ 69,9 bilhões do leilão desta quarta-feira, 6.

A empresa tem até o dia 27 de dezembro deste ano para desembolsar toda essa quantia. Como não ofereceu ágio sobre os valores previstos em edital, não poderá parcelar o pagamento do bônus de assinatura.

Nesta quarta-feira, a estatal arrematou duas das quatro áreas oferecidas no leilão de excedentes da cessão onerosa. Ficou com Búzios e Itapu, como antecipou que faria.

Na primeira, com participação de 90%, entrou com as chinesas CNOOC e CNODC. E a segunda arrematou sozinha.

Na semana passada, a estatal e a União assinaram um aditivo ao contrato de cessão onerosa firmado em 2010.

A Petrobras passou a contar então com o crédito de R$ 34 bilhões, correspondente à diferença entre o valor pago há nove anos por 5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) e o quanto esse reservatório custa atualmente, após corrigidos o preço da commodity e o câmbio.

Todo esse crédito será usado para pagar o bônus desta quarta-feira.