Empresários querem menos desigualdade, oportunidades iguais e eficiência estatal
Fundadores do Movimento Brasil Maior, os dois apostam também no papel da sociedade civil e da filantropia para atingir esse objetivo. "A democracia é o melhor sistema político e o capitalismo o melhor sistema econômico, mas precisam ser aperfeiçoados. O Arminio (Fraga, ex-presidente do Banco Central) e outros têm falado muito sobre isso. Precisamos melhorar o sistema. O capitalismo gera riqueza e ela precisa ser melhor direcionada. Não tem jeito de você ter uma sociedade boa com uma desigualdade muito grande. Como mudar isso? A melhor forma é dar igualdade de oportunidades", disse Menin em entrevista nos bastidores da Conferência Converge Capital, no Rio.
A visão dos empresários é que a filantropia no Brasil ainda é tímida e que há poucos projetos que despertem o interesse de doadores. A meta do Movimento Bem Maior - que tem ainda Elie Horn, da Cyrela, entre os fundadores - é dobrar o volume do investimento social privado doado no País de 0,2% para 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em dez anos. A principal aposta é em projetos voltados à educação na infância e na adolescência.
Questionados se é possível reduzir desigualdade em um contexto de Estado mínimo, os empresários defenderam que esse conceito se traduza em um Estado eficiente. "Estado mínimo é para ser máximo nas funções de Estado: educação, saúde e segurança", disse Mattar. Considerando a reforma administrativa importante porque o Estado é caro em relação ao que devolve à sociedade, eles entendem que a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que comparou servidores públicos como "parasitas", foi "desfigurada".
Os dois empresários se mostraram confiantes com o desenvolvimento do Brasil. Menin destacou o baixo patamar atual da taxa básica de juros, hoje em 4,25% ao ano. "Nunca trabalhei com uma taxa de juros tão benéfica. uma prestação com juros de 5% ao ano é muito menor que uma de 10% ao ano. é um fator novo e fator de crescimento sustentável. Nunca tivemos uma taxa de juros tão afável", afirmou ele, para quem 2020 será o ano da indústria da construção mais vai contribuir com o PIB.
Realizada hoje e amanhã, no Rio, a Converge Capital reúne membros de famílias investidoras, executivos, empreendedores e profissionais da área financeira brasileira e internacional para debater sobre como alinhar suas carteiras de investimentos às dimensões sociais e ambientais.
Contato: mariana.durao@estadao.com
--
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.