Economia e sistema financeiro têm bases mais sólidas do que 2008, diz BlackRock
A escalada dos movimentos dos últimos dias no mercado financeiro levou a crescentes comparações com a crise de 2008. Mas a gestora de recursos BlackRock, a maior do mundo, com US$ 7 trilhões em ativos, não vê muitos paralelos com aquele momento e destaca, em análise na última segunda-feira, 9, que a economia e as instituições financeiras estão em nível muito mais forte e robusto agora do que em 2008. A empresa afirma ainda manter posição "benchmark" em ativos de risco.
O choque gerado pelo coronavírus será grande e pronunciado, mas a avaliação da gestora americana é que os governos vão agir e o importante é o investidor manter uma visão de longo prazo. A gestora não vê este evento do coronavírus como marcando o fim de um ciclo de expansão, desde que os governos deem respostas coordenadas.
"E vemos sinais encorajadores de que as respostas de política econômica começam a vir juntas", ressalta o relatório, destacando que será preciso esforço de coordenação de políticas monetária e fiscal.
Uma das fontes de vulnerabilidades que precisam ser atacadas é a necessidade de caixa pelas empresas, especialmente as menores companhias, que podem encontrar dificuldade de financiamento por causa do aperto nas condições financeiras.
Para a BlackRock, a epidemia do coronavírus vai provocar uma desaceleração acentuada da atividade no curto prazo. Pelo lado positivo, a forte queda nos preços do petróleo, que hoje despencaram mais de 20%, pode ser positiva para o crescimento, mas ao mesmo tempo traz o risco de problemas financeiros e econômicos nos setores ligados a energia e mercados emergentes exportadores de commodities.
"Este é um momento para os investidores manterem uma perspectiva de longo prazo." O timing da duração do surto de coronavírus e a profundidade do impacto econômico é incerto, observa a gestora, mas a avaliação da BlackRock é que deve ser temporário.
A gestora neste momento fica em posição "benchmark" para ações e "overweight" em ativos mais defensivos e de menor volatilidade. A gestora prefere ainda posições em dinheiro e Treasuries americanos em relação a títulos de governos de outros países desenvolvidos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.