Caoa Chery encerra produção de motores em Jacareí e demite 59, diz sindicato
Os demitidos representam 10% do quadro de funcionários da fábrica, que até então contava com 540 pessoas empregadas, segundo o sindicato. Foram desligados trabalhadores da área produtiva e do setor administrativo. Por causa do receio com o avanço do coronavírus, o sindicato vinha pedindo que a empresa oferecesse licença remunerada aos trabalhadores, para que pudessem ficar em casa e evitar o contágio.
De acordo com o diretor do sindicato, Guirá Borba, a empresa alega diminuição da produção para realizar os cortes. A fábrica, que estava com um ritmo de 65 carros produzidos por dia, viu o volume diário cair para 40, segundo estimativas de Borba. "Em um momento como esse, de proliferação do coronavírus, não há justificativa. A empresa tem de proteger os trabalhadores, que, sem emprego, perdem o convênio médico", disse ao Broadcast.
Procurada, a Caoa Chery ainda não se posicionou sobre as demissões.
A fábrica de Jacareí foi inaugurada em 2014, quando o negócio era apenas da chinesa Chery. Fragilizada pela crise econômica que começou naquele ano, metade da operação foi vendida em 2017 para o grupo brasileiro Caoa, que fez investimentos e passou a contratar. Antes da Caoa, a fábrica tinha 380 funcionários.
Os investimentos feitos pelo Caoa na Chery têm dado resultado no mercado. As vendas cresceram e a marca conseguiu ter uma maior participação de mercado. Com a entrada do grupo brasileiro, os carros da Chery também passaram a ser produzidos na fábrica da Caoa em Anápolis, Goiás.
No entanto, os carros feitos em Jacareí não apresentaram, no mercado, resultados tão positivos quanto os de Anápolis. Por isso a produção de Jacareí tem caído, mesmo com o avanço da marca nas vendas e na participação de mercado. Na quinta-feira da semana passada, quando consultada pela última vez sobre os efeitos do coronavírus na produção, a Chery informou que as linhas seguiam operando normalmente.
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