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iFood cria fundo de R$ 50 mi para restaurantes

Motociclista do iFood, app de entrega de comida, andando pela região central de São Paulo - Fábio Vieira/FotoRua
Motociclista do iFood, app de entrega de comida, andando pela região central de São Paulo Imagem: Fábio Vieira/FotoRua

19/03/2020 07h03

A startup de entrega de refeições, iFood, vai adotar um conjunto de medidas para auxiliar restaurantes em meio à crise por conta da pandemia do novo coronavírus. Válidas a partir do dia 2 de abril, as medidas foram reveladas pela startup com exclusividade ao jornal O Estado de S. Paulo e serão detalhadas no próximo dia 25.

Segundo Diego Barreto, diretor financeiro do iFood, o fundo de assistência será montado com R$ 50 milhões das receitas do aplicativo. Os restaurantes que estiverem elegíveis a serem auxiliados terão uma devolução de parte das comissões cobradas pela empresa nos pedidos feitos a partir de 2 de abril.

"Restaurantes que tiverem só uma sede, o dono for pessoa física e estiverem em áreas de grande impacto do coronavírus estão nas nossas prioridades", disse o executivo. "A contribuição aos restaurantes vai aparecer como uma devolução nas faturas dos pedidos", comentou.

A empresa também vai reduzir o prazo para repassar valores aos restaurantes. Hoje, quando um pedido é feito em um estabelecimento, o valor da conta demora 30 dias para ser resgatado pelos estabelecimentos. A partir de 2 de abril, será possível optar por receber os pagamentos 7 dias depois da compra, sem custo adicional. "Queremos ajudar quem está com fragilidade financeira nesse momento", afirma Barreto. Segundo estimativas feitas pela própria empresa, a medida pode ajudar na injeção de R$ 600 milhões em capital de giro no setor de restaurantes nos meses de abril e maio.

A terceira medida é a flexibilização do "Para Retirar", função que permite ao usuário tanto pedir um prato e retirá-lo no restaurante, como também consumi-lo no salão.

"Nossa intenção é manter os salões dos estabelecimentos livres. Vamos fazer isso à medida que for possível, respeitando as orientações das autoridades", afirma Barreto. Taxas sobre esse tipo de serviço, normalmente cobradas dos restaurantes, serão devolvidas.