Dados sugerem que declínio da economia global chegou a 'fundo do poço', diz IIF
A entidade espera recuperação no segundo semestre inclusive das economias emergentes, as que tem demonstrado ritmo mais lento de retomada das atividades produtivas.
De acordo com o IIF, esses países registraram, juntos, contração de 2,9% apenas em maio de 2020.
Por outro lado, o IIF afirma que a contração de números comerciais ainda não chegou ao limite inferior, e novas perdas em termos de exportação e importações podem ser esperadas para os próximos meses.
Brasil e África do Sul
O IIF analisa o quadro atual de déficits fiscais aumentando pelo mundo, conforme os países lidam com o choque da covid-19, em um quadro de maior necessidade de gastos e uma "profunda recessão que atinge a receita tributária". Segundo o IIF, a situação é mais complexa nos emergentes, diante da "falta de espaço político e do risco de desvalorização cambial" caso eles lancem programas de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês). Na avaliação do instituto, o Brasil, a Argentina e a Hungria tiveram os maiores aumentos de endividamento em abril, na comparação anual. Além disso, o IIF aponta que o Brasil e a África do Sul podem precisar de assistência de seus bancos centrais para a política fiscal.
Para o IIF, o tamanho do déficit é obviamente central nessa análise, mas há incerteza sobre o impacto dos lockdowns impostos. Por isso, o instituto diz que é importante monitorar dados de alta frequência de receita e gastos, nesse contexto, o que o IIF diz que pretende atualizar periodicamente.
Os dados até abril mostravam déficits claramente mais altos na comparação anual, especialmente nos três países citados, diz o relatório, enquanto Indonésia e Turquia mostravam os menores aumentos. No caso do Brasil, o IIF afirma ainda que os dados para maio apontavam para um aumento maior no déficit fiscal.
O IIF diz ainda que vê com ceticismo a possibilidade de que a receita tributária possa se mostrar resistente em muitos países, diante dos lockdowns ainda disseminados. Para a entidade, o déficit no financiamento será "um desafio real" para muitos emergentes, que pode exigir a ajuda de um QE. "Nós acreditamos que esforços para impulsionar a demanda doméstica por bônus do governo seja tanto igualmente importante quanto potencialmente pode causar distorções, se for muito contundente", afirma.
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