Nuvem de gafanhotos pode chegar na quarta-feira ao RS, preveem técnicos
A nuvem de gafanhotos que está na província de Corrientes, Argentina, pode chegar na próxima quarta-feira ao Rio Grande do Sul, segundo técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do estado. O movimento migratório dos insetos foi impulsionado pela onda de calor que atingiu a região no último fim de semana. Até a manhã de hoje, estimava-se que a nuvem esteja a 120 km ou 130 km da fronteira brasileira, do município gaúcho de Barra do Quaraí.
O tempo quente e seco, favorável para a movimentação dos insetos, deve permanecer na região até a próxima quinta-feira. Em comunicado, a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul informa que aumentou a vigilância sobre a possível entrada da nuvem no estado.
"Com essa condição climática, precisamos estar preparados", afirmou o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da pasta, Ricardo Felicetti. Ele também disse que a secretaria está apreensiva, mas preparada para o caso de uma eventual ocorrência da praga no estado com um plano operacional de emergência. A eventual chegada dos insetos poderia afetar a área destinada às culturas de inverno e à pastagem.
Na Argentina, o Senasa (Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar) informa que a nuvem de gafanhotos ainda restante no país permanece na província de Corrientes. Apesar da menor velocidade de movimentação, o Senasa não afasta a possibilidade de um novo deslocamento dos insetos, em virtude do aumento da temperatura na região desde ontem. Em um possível novo voo, os insetos poderiam se deslocar para a província de Entre Ríos, na fronteira com o Brasil.
Conforme o levantamento do Senasa, a área ocupada pelos gafanhotos abrange um perímetro de 2,7 quilômetros em 36 hectares. Estima-se que a nuvem tenha 400 milhões de insetos. Em seu comunicado mais recente, publicado no sábado (18), o departamento relatou que técnicos do governo argentino realizaram uma nova aplicação de inseticidas sobre a nuvem.
Produtores gaúchos monitoram também o deslocamento de outra nuvem de insetos no Paraguai. A nuvem está no norte do país, cerca de 300 km distantes da Argentina, segundo o Senasa. Os técnicos do Senave (Serviço Nacional de Saúde e Segurança Vegetal do Paraguai) tentam localizar os insetos para aplicação de produtos químicos.
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